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10 DE MAIO DE 2018

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No passado dia 1 de maio, o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) colocado no Sardoal não

pode ajudar no combate ao incêndio por não ter disponível um helicóptero e um carro todo o terreno.

Nesta segunda-feira, demitiu-se o Comandante Operacional Nacional da Proteção Civil, apenas cinco meses

após ter tomado posse.

Além disso, Sr. Primeiro-Ministro, soubemos também hoje que o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro

ainda não tem luvas, fatos, telemóveis, computadores, nem camas para poderem descansar.

Sr. Primeiro-Ministro, perante estes sinais reveladores de quem nada aprendeu com o passado, pergunto-

lhe se temos hoje, dia 9 de maio, um dispositivo de combate aos fogos devidamente apetrechado e pronto a

entrar em ação para o combate de tragédias que possam vir a ocorrer?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, como sabe, no dia 21 de outubro

do ano passado, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que deu integral execução às recomendações

da Comissão Técnica Independente, criada nesta Assembleia da República. Desde então, temos vindo a

desenvolver e a executar a par e passo as decisões tomadas. Uma dessas decisões passa, designadamente,

por um reforço significativo do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro, que tinha sido criado precisamente

em 2006.

Neste momento, o que estamos a discutir é a duplicação da capacidade de intervenção desse Grupo, que

tem vindo a ser formado e que vai ser equipado, em ritmo acelerado, porque levantar uma força desta dimensão,

que não foi reforçada durante 10 anos e que está agora a ser reforçada nestes meses, é um trabalho em tempo

record que estamos a executar.

Portanto, iremos continuar, a par e passo, a cumprir as resoluções, a cumprir a Diretiva Operacional Nacional,

para que o dispositivo esteja nas melhores condições possíveis por forma a enfrentar a ameaça quando ela se

concretizar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem novamente a palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não posso deixar de lhe dizer que

essa é a resposta padrão que tem dado a todas as nossas perguntas sobre incêndios.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Mas não resolve o problema!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — E os problemas amontoam-se, os problemas renovam-se e nós não

vemos nenhuma capacidade política nem operacional para resolver estes problemas. Ontem foi penoso ouvir o

Sr. Ministro da Administração Interna, na Comissão, a responder às perguntas dos Srs. Deputados. Foi penoso

porque não respondeu a uma única pergunta!

Vozes do PSD: — Exatamente!

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Foi como agora!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Foi penoso porque não teve uma resposta concreta para dar aos

portugueses, explicando-lhes o que se está a passar e como está o Governo preparado para resolver os

problemas dos portugueses.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Esgotou o seu tempo, Sr. Deputado.