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10 DE MAIO DE 2018

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Quanto à crise das dívidas soberanas, um fenómeno que, como sabe, não se esgotou em Portugal mas que

atingiu vários outros países, o meu entendimento hoje é o mesmo de então: é uma crise que tem uma raiz

sistémica na construção defeituosa da zona euro, que expôs de uma forma desnecessária países que estavam

em situação particularmente grave na sequência de decisões erráticas que a União Europeia tinha adotado em

2009, para fazer face à Grande Depressão de 2008.

E já agora, Sr. Deputado, só para sua tranquilidade, apesar de tudo, eu tinha saído do Governo em 2007 e

já não fazia parte desse Governo.

Vozes do PSD: — Ah!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas não foi por isso que deixei de ser apoiante desse Governo, que apoiei até

ao último dia de exercício das suas funções.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem novamente a palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, para reiterar que não foi o PSD que

trouxe para a ribalta a discussão do caso José Sócrates.

Risos do PS.

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Saiu de costas a fingir que não entrou!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Nunca dissemos uma palavra antes de ouvirmos os responsáveis políticos

máximos do Partido Socialista dizer que estavam envergonhados com aquilo que aconteceu. E, portanto,

estamos legitimados para discutir politicamente este caso.

Aplausos do PSD.

E mais, Sr. Primeiro-Ministro — eu diria mesmo, se me permite, Dr. António Costa —, e mais: não é a primeira

vez que o Partido Socialista traz isto para a cena pública. Num debate, em dezembro de 2014, António José

Seguro acusou-o de ser apoiado por um partido invisível, que mistura negócios e política. Portanto, esta não foi

a primeira vez, isto já tem tempo.

Protestos do PS.

O problema é um problema grave, a sociedade sente este problema, precisa de respostas às suas perguntas

e o Sr. Primeiro-Ministro não respondeu a uma única pergunta das que lhe foram formuladas.

Aplausos do PSD.

Sr. Primeiro-Ministro, mudemos de tema, para o qual esperemos que tenhamos resposta.

Protestos do PS.

Eu gostava de poder continuar, mas temos outros temas, eventualmente tão graves como este, como é o

caso dos incêndios.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Não respondeu! Não respondeu a nenhuma pergunta!