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I SÉRIE — NÚMERO 96

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de infraestruturas, o consenso deve ser o mais alargado possível, desejavelmente com uma maioria de dois

terços — o que, necessariamente, implica envolver também o PSD —, de forma a assegurar estabilidade nas

opções políticas que não são de uma legislatura, mas que são, seguramente, para várias gerações. Não é

novidade nenhuma, não é nada de novo, é o que está no Programa do Governo, nada se mudou relativamente

ao início desta Legislatura.

No que me custa a acreditar é que a Sr.ª Deputada vá votar contra uma proposta de lei que reduz os

fundamentos para o contrato a prazo, que limita a duração do contrato a prazo, que limita as possibilidades de

renovação dos contratos a prazo, que elimina o banco de horas individual, que elimina o banco de horas grupal

quando é negociado individualmente e que fomenta a contratação e a negociação coletivas, com base num

equívoco, Sr.ª Deputada: é que só há período experimental no âmbito de um contrato sem termo.

Protestos do Deputado de Os Verdes José Luís Ferreira.

E no âmbito do período experimental passa a contar o estágio. Ora, a existência do período experimental

com um máximo de seis meses não fomenta a instabilidade, fomenta a confiança das partes para poderem

celebrar, à partida, um contrato sem termo, com a certeza de que se a pessoa contratada não tiver a adequação

para a atividade não fica no lugar; se ficar, fica logo com contrato sem termo. A alternativa era o uso e o abuso

dos contratos a termo, como foi feito ao longo de anos…

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, peço-lhe para concluir.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou concluir, Sr. Presidente, com duas notas.

A Sr.ª Deputada disse que ama a ferrovia. Uma das obras que está em curso neste momento é a da

reabertura da linha de caminho de ferro Covilhã-Guarda, situada no interior e encerrada há mais de 10 anos.

Quanto ao Programa Nacional de Investimentos, não está lá essa obra nem está lá nenhuma obra, porque a

abertura do debate público que ontem fizemos foi para recebermos contributos de quais devem ser as obras a

realizar no próximo ciclo de investimentos.

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem de concluir.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, Sr.ª Deputada, são muito bem-vindas as suas sugestões.

Mesmo para concluir, Sr.ª Deputada, deixo-lhe a declaração de compromisso que assinámos com os

sindicatos dos professores, para verificar que contém três temas a negociar: o tempo a ser contado, o modo da

recuperação e o calendário.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, o tempo a ser contado nunca ficou definido e sempre foi matéria de

negociação. Aliás, à saída da negociação, o Presidente da FENPROF (Federação Nacional dos Professores)

disse, inequivocamente, que se o Governo tivesse aceitado os nove anos, quatro meses e dois dias claro que

não era uma declaração, era um acordo, e não há acordo porque o Governo não aceitou.

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, já ultrapassou largamente o tempo de que dispunha.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, nunca aceitámos, nunca prometemos e estamos a cumprir

escrupulosamente aquilo que nos comprometemos a fazer, com total boa-fé.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado André Silva, do PAN, para formular perguntas.