I SÉRIE — NÚMERO 18
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Onde está a força do Partido Comunista Português, quando António Costa não cumpre com o que se
comprometeu com os professores?!
Onde está a indignação do Bloco de Esquerda, quando o Governo abandona o investimento na ferrovia?!
Onde está a força do Partido Comunista Português, quando António Costa não cumpre com o prometido em
relação ao financiamento do novo hospital na Região Autónoma da Madeira?!
Aplausos do PSD.
Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português fingem ser oposição,…
Protestos do PCP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — O que quer sei eu!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — … mas, amanhã, com todos os Deputados de pé — falta saber se,
desta vez, é com ou sem aplauso —, aprovarão o vosso, também vosso, Orçamento do Estado para 2019.
Aplausos do PSD.
É que este Governo existe por opção do Partido Socialista. É que este Governo existe pela sobrevivência
política do Dr. António Costa, mas tem a cumplicidade conivente do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista
Português.
Aplausos do PSD.
Sim, os senhores hipotecam o futuro e trocam-no pelo eleitoralismo orçamental.
O Sr. João Oliveira (PCP): — O Montenegro que se cuide!
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Na verdade, trocam o futuro pelo vosso umbigo político e partidário.
Este Orçamento do Estado é uma espécie de última cartada para António Costa tentar ganhar as eleições que
nunca ganhou.
Aplausos do PSD.
Em suma, os senhores preferem o estado eleitoral ao Estado social.
Aplausos do PSD.
Nunca, nunca como hoje, se desinvestiu tanto na escola pública, mas oferecem-se os livros escolares aos
ricos.
Risos do BE e do PCP.
Nunca, nunca como hoje, se deixou as áreas de soberania à míngua e a segurança dos portugueses em
causa, mas troca-se de ministros e resolvemos o problema. Nunca, nunca como hoje, se hipotecou tanto o
Serviço Nacional de Saúde, mas escolheram as 35 horas.
Sr. Primeiro-Ministro, há um País real e há o vosso País político. Há o País que, no discurso político, virou a
página da austeridade e há o País real que, em três anos, já conta com tantas greves como aquelas a que o
País assistiu em quatro anos, em período de emergência.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Com a luta é que o País avança!