I SÉRIE — NÚMERO 23
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Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Passamos ao artigo 278.º da proposta de lei —Aditamento ao Decreto-
Lei n.º 123/2010, de 12 de novembro.
Tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz.
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, as taxas moderadoras não moderam. Elas são,
isso sim, um obstáculo no acesso dos utentes aos cuidados de saúde.
Não negamos os avanços que se conseguiram com a redução das taxas moderadoras e o alargamento das
isenções, mas não chega. Por isso, apresentamos uma proposta que isenta os doentes crónicos das taxas
moderadoras. Fazemo-lo porque reconhecemos que os doentes crónicos estão suscetíveis ao desenvolvimento
de outras doenças e que só isentando-os deste pagamento é que se evita a sua oneração ao acesso aos
cuidados de saúde.
Com esta proposta, pretendemos melhorar o acesso aos cuidados de saúde dos doentes com patologias
crónicas e repor um direito que lhes foi retirado pelo PSD e pelo CDS-PP.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Neto Brandão, do PS.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Sr. Presidente, as autorizações de residência para investimento são hoje
uma realidade em mais de uma dezena de países da União Europeia. Uma realidade que, desde a sua criação,
permitiu a atração para Portugal de mais de 4000 milhões de euros através da concessão de um valor
aproximado de 6000 autorizações de residência, valor acumulado em seis anos que compara com o valor anual
em Espanha.
As nossas propostas visam reforçar a transparência e a rastreabilidade de capitais e de sujeitos para que as
vantagens comprovadas deste instituto não possam mais ser pervertidas, contribuindo assim para um espaço
comum mais transparente, combatendo de modo eficaz o branqueamento de capitais e a evasão de capitais.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, passamos agora à discussão, na especialidade, dos
Mapas constantes da proposta de lei. Começamos pela Mapa II — Despesas dos serviços integrados, por
classificação orgânica, especificadas por capítulos.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, do PS.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, relativamente a duas propostas
de alteração que incidem sobre as verbas relativas à DGARTES (Direção-Geral das Artes), o Grupo Parlamentar
do Partido Socialista gostaria de sublinhar o acompanhamento que fará da proposta apresentada por Os Verdes
no sentido de garantir o reforço da verba para assegurar os 25 milhões de euros necessários ao cumprimento
das metas e dos objetivos fixados em sede de apoio às artes.
É matéria em relação à qual se tem assistido a um incremento das verbas disponíveis. Não são,
reconhecemos, as verbas que gostaríamos de ter e as verbas ideais para assegurar o reforço do setor, mas
são, manifestamente, aquelas que neste momento é possível mobilizar para garantir as novas regras e o
acompanhamento desta área.
Por essa razão, relativamente à proposta 1-C, apresentada pelo PCP sobre a mesma matéria, não a
poderemos acompanhar, uma vez que propõe um reforço que vai para lá do montante indispensável dos 25
milhões de euros e que, neste momento, obviamente não discordando do objetivo fixado, não é possível
acautelar. Assim sendo, nesta fase, a proposta de Os Verdes é aquela que merecerá o nosso apoio para garantir
este objetivo de, de forma consolidada, reforçar o apoio nesta área em particular, ou seja, o apoio às atividades
culturais.