29 DE NOVEMBRO DE 2018
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poupança; não tem apoios reais às empresas; tem medidas que correspondem a fraudes entre o que é
anunciado e aquilo que está expresso na proposta de lei.
A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Muito bem!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Poucas melhorias resultaram deste processo parlamentar. É verdade que
temos mais justiça na aplicação do IVA às atividades culturais, que temos uma nova oportunidade de diálogo
entre o Estado e os professores, que conseguimos o não agravamento da tributação das viaturas de serviço das
empresas, que evitámos o surgimento de novas taxas, seja para a proteção civil, seja para produtores florestais.
E isto tudo contra a vontade do Partido Socialista e contra a vontade do Governo.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Muito bem! Bem lembrado!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Mas, nos aspetos essenciais, o Bloco, o PCP e Os Verdes estiveram com
o Partido Socialista, não reformando o País, sem visão de futuro, a dar as cambalhotas e as piruetas necessárias
para que tudo ficasse na mesma, seja no IRC (imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas), seja no
imposto sobre os combustíveis, seja na limitação das cativações — a paixão do Dr. Centeno e também vossa
—, seja na fatura da eletricidade.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso agora é que é descaramento a mais!
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Por isso, este não é o Orçamento só do PS, é o Orçamento do PS, do
Bloco, do PCP e de Os Verdes! Mas não é o nosso, pois, para o PSD, Portugal e os portugueses mereciam
muito mais e muito melhor.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, este não é o Orçamento do PSD nem é o Orçamento do
CDS — não corta pensões, não corta salários, garante, até, aumento extraordinário de pensões, tem justiça
social.
Protestos do PSD.
Não é, seguramente, um Orçamento da direita.
Aplausos do BE e do PS.
Não é um Orçamento do Bloco de Esquerda,…
Vozes do PSD: — É, é!
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — … porque ainda é submisso a um défice que restringe serviços públicos.
Mas é um Orçamento que tem a mão do Bloco de Esquerda quando devolve dinheiro às pessoas, quando
garante futuro ao País e quando, acima de tudo, é um Orçamento de confiança, um pilar criado em 2015, aquela
confiança que vocês vinham a destruir desde 2011.
Aplausos do BE.