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14 DE MARÇO DE 2019

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uma grande parte do entulho foi enterrada no próprio parque, o que, a confirmar-se, representará um verdadeiro

crime ambiental. Como se isso fosse pouco, hoje, nem hotel reabilitado, nem Hotel Avelames, nem hotel de

categoria superior.

Foi também prometida a criação de uma nova unidade hoteleira por recuperação do Grande Hotel. Hoje, o

hotel continua em ruinas, literalmente ao abandono, a cair aos poucos e, como pudemos constatar, a servir de

depósito de lixo. Uma verdadeira lixeira a céu aberto.

As antigas garagens foram objeto de intervenção, mas estão encerradas.

A Vila Adriana encontra-se num estado de abandono total.

O minigolfe está em ruinas.

O casino foi remodelado, mas sem qualquer atividade regular, para não dizer que «está às moscas» na maior

parte do tempo.

Relativamente à requalificação da zona marginal do rio Avelames, através da implementação de um jardim

temático, hoje, as populações de Pedras Salgadas continuam sem ver qualquer jardim temático e a

requalificação acabou por ser feita pela Câmara Municipal.

Quanto às fontes, apenas a Fonte de Pedras Salgadas está aberta ao público durante o verão; a Grande

Alcalina apenas serve para mostrar o edifício e todas as outras fontes estão encerradas, algumas até ao

abandono.

Ora, face a este cenário, não estranhem que as populações se sintam absolutamente defraudadas por

assistirem à morte da sua vila termal, por não verem a criação de postos de trabalho, que tanta falta fazem numa

região do interior fortemente desprotegida, nem verem os prometidos hotéis para os turistas que pretendam

usufruir do termalismo.

Mas, tal como as populações e a própria autarquia, também Os Verdes consideram que ainda é possível

fazer renascer o termalismo em Pedras Salgadas. Com ou sem Unicer, com ou sem Super Bock Group, é ainda

possível fazer renascer a natureza termal e fazer justiça à designação de «Vila Termal» de Pedras Salgadas.

Mas este caso deveria ainda fazer-nos refletir sobre a necessidade imperiosa de, definitivamente, se proceder

à eliminação do regime associado aos ditos projetos de relevante interesse nacional, que, pelos vistos, só

interessam aos promotores.

Aplausos de Os Verdes.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado José Luís Ferreira, inscreveram-se cinco Srs.

Deputados para formularem pedidos de esclarecimento.

Como pretende responder, Sr. Deputado?

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Responderei a três e, depois, a dois Srs. Deputados,

conjuntamente, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem, então, a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado

Duarte Alves, do PCP.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado José Luís Ferreira, saudamos a

iniciativa de Os Verdes, de trazer a este debate a realidade que a Comissão de Economia teve oportunidade de

conhecer, no terreno, na visita realizada a Pedras Salgadas.

No contacto com as populações, empresas, associações e instituições daquela região, aquilo que os

Deputados ouviram em Pedras Salgadas foram preocupações sobre o projeto de potencial interesse nacional

Aquanattur.

Essas preocupações vão ao encontro da posição há muito defendida pelo PCP, no que diz respeito aos

projetos PIN.

Com a invocação do interesse nacional, determinados projetos obtêm benefícios fiscais e incentivos

financeiros, e são subtraídos às reservas ecológica e agrícola nacional, com prejuízo do ambiente.

Em troca, criam-se expectativas nas populações de que, por essa via, se vai conseguir avançar com projetos

que vão ter importância para a economia local e para a criação de emprego, expectativas, essas, que muitas