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6 DE ABRIL DE 2019

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trabalhadores da administração central e das autarquias locais, o que é de elementar justiça e é a garantia da

qualidade dos serviços públicos.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Wanda

Guimarães, do Partido Socialista.

A Sr.ª Wanda Guimarães (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:

Portugal estava em incumprimento na União Europeia, relativamente a esta matéria, desde 1989. E a direita,

pelos vistos, não arrastou os pés, aliás, nem pés tinha para andar, pois, passados todos estes anos, foi o

Governo do Partido Socialista que o fez.

Protestos do Deputado do PSD António Topa.

Esta proposta de lei representa a continuação da revolução estratégica nos objetivos e na organização da

Administração Pública, iniciada por este Governo e assente, como ponto fundamental, na valorização dos

trabalhadores.

Para além da reposição das 35 horas, do fim da mobilidade/requalificação, do descongelamento das

carreiras, do PREVPAP (Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração

Pública), do desbloqueamento da negociação coletiva e de tantas outras situações, a melhoria das condições

de trabalho na Administração Pública é uma aposta deste Governo, imprescindível para a qualidade de vida e

de trabalho dos funcionários públicos e o caminho certo para um desejável aumento da produtividade. É assim

que se faz: repondo direitos e melhorando as condições de trabalho.

Não podemos deixar ainda de lembrar que o Governo do Partido Socialista devolveu à ACT as competências

inspetivas na área da segurança e saúde no trabalho, promoveu as medidas de redução do absentismo, criou

um sistema de incentivos para a inovação na Administração Pública e criou o Programa Qualifica AP, como

forma de garantir as qualificações dos trabalhadores.

O PS tem uma perspetiva das relações de trabalho assente no trabalho digno e na confiança que nos

merecem os trabalhadores, enquanto cidadãos que são cumpridores e pessoas de palavra.

Porém, não existe trabalho digno, se a saúde e a segurança não estiverem garantidas. A legislação existente

nesta matéria é manifestamente insuficiente e promotora de conflitos. Foi por isso que o Governo do Partido

Socialista apresentou um Plano de Ação para a Segurança e Saúde no Trabalho na Administração Pública 2020,

promovendo, aliás, uma atuação em rede colaborativa e foi também neste caminho que esta iniciativa foi

construída.

Por fim, esta proposta de lei significa, assim, a colocação de uma pedra fundamental no edifício democrático

de uma Administração Pública ao serviço das populações, como garantia de uma prestação igualitária e de

qualidade, como o Partido Socialista sempre tem defendido.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem, agora, a palavra a Sr.ª Deputada

Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr.ª Secretária de Estado da Administração e do Emprego

Público, Sr.as e Srs. Deputados: A Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas determina que é obrigação dos

empregadores públicos prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a proteção da segurança e

saúde do trabalhador, e proporcionar boas condições de trabalho, sejam elas físicas ou morais.

É uma obrigação do empregador público porque é um direito dos trabalhadores. No entanto, este direito não

tem saído do papel!