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15 DE OUTUBRO DE 2020

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Prevê ainda o reforço do investimento público em cerca de 20% face ao ano corrente. E sobre o Novo

Banco fica assegurado que, em 2021, o Estado não irá emprestar um euro ao Fundo de Resolução. Fica

assim respondida a pretensão de muitos, nomeadamente do Bloco de Esquerda. Fica garantido que não

haverá transferência de capital do Estado para o Fundo de Resolução.

Estas novas medidas são avanços que respondem aos desafios que se colocam ao País. São avanços que

resultam de aproximações ao Bloco de Esquerda, ao PCP e ao PEV. Não há razões para desperdiçar estes

avanços, muito menos por taticismo político ou agenda partidária.

Aplausos do PS.

Nenhum português compreenderia ou aceitaria que, em cima de uma crise pandémica à escala planetária e

de uma crise económica e social em curso, fosse criada uma crise política.

Vejamos o exemplo da União Europeia: os líderes europeus têm sabido gerar os entendimentos

absolutamente necessários no seu seio. A maioria dos Estados-Membros superaram diferenças ainda maiores

do que as diferenças que separam alguns partidos nesta Assembleia, e fizeram-no porque sabem que uma

crise política na União Europeia só atrasaria as respostas necessárias para o combate à pandemia, a proteção

do rendimento das famílias e a recuperação económica. Não podemos aplaudir os avanços europeus e, ao

mesmo tempo, fingir que a estabilidade política não é a base essencial para combater a pandemia e a crise

económica e social.

Sr.as e Srs. Deputados, aos que dizem que não há problema em que o País comece o ano de 2021 com

duodécimos, como afirmou o Bloco de Esquerda há dias, nós respondemos que estar contra este Orçamento é

estar contra o País.

Aplausos do PS.

Risos do CH.

Que fique bem claro que as negociações entre o Governo, o Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV geraram

avanços inquestionáveis, avanços que representam centenas de milhões de euros e que irão beneficiar

centenas de milhares de portugueses. Se para o Bloco de Esquerda estes avanços são fogachos, para o PS

estes avanços cumprem o desígnio de que não deixamos ninguém para trás.

Aplausos do PS.

Pelo Partido Socialista, as negociações continuarão, quer na fase da generalidade, quer na da

especialidade, como sempre aconteceu. As negociações com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV são a

prioridade do Governo e do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado, por favor.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente. Os entendimentos alcançam-se com cedências de ambas as partes. Quem apresenta novas linhas

vermelhas a toda a hora só pretende dificultar e inviabilizar negociações.

O caminho é de entendimentos. O PS coloca-se ao lado de quem procura dialogar. Os avanços e este

Orçamento não podem ser desperdiçados, porque é um Orçamento de combate, um Orçamento prudente num

mundo de incertezas.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado João Paulo Correia, a Mesa regista sete inscrições para pedidos de esclarecimento.

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