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I SÉRIE — NÚMERO 13

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higiene e limpeza urbanas e em muitos outros serviços, como os bombeiros, trabalhadores que foram

obrigados a continuar a trabalhar presencialmente durante o período de confinamento. E esses trabalhadores

têm o direito a ver ser-lhes reconhecida a circunstância em que foram obrigados a trabalhar e em que

continuam hoje a dar resposta às necessidades dos portugueses.

Há necessidades de investimento público. Há necessidades de resposta do ponto de vista fiscal…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira concluir, por favor.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Concluo, Sr. Presidente. Há necessidades de resposta do ponto de vista fiscal, para lá do problema da retenção na fonte, que é um

problema que precisa de ser resolvido. O compromisso do PS em relação ao IRS era com a revisão dos

escalões e é por esses compromissos que é preciso puxar.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira concluir.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Concluo, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: Sr. Deputado João Paulo Correia, as restrições que existem em algumas normas do Orçamento do Estado, por exemplo, em relação à

contratação de trabalhadores e ao investimento público,…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — … replicando normas de Orçamentos anteriores, não são compatíveis com os anúncios que o Governo faz relativamente a objetivos de contratação de trabalhadores para os serviços

públicos…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado João Oliveira, queira concluir, por favor.

O Sr. João Oliveira (PCP): — … e ao aumento do investimento público. Como é que o PS vai desatar este nó, por exemplo, que é apenas um de muitos outros que podíamos referir?

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Ainda para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Paulo Correia, o Orçamento não pode prometer mais médicos e, depois, não dar garantias para os médicos se manterem no SNS. Este é um

problema que já identificámos, aliás, foi por isso que correu mal ao longo do último ano.

O Governo não pode prometer uma prestação para combater a pobreza e, depois, apresentar um apoio

extraordinário que só vai abranger a maior parte das pessoas por seis meses e que deixa muitas famílias

pobres de fora.

O Governo não pode dizer querer proteger o emprego, mas recusar alterar e repor as indemnizações por

despedimento, que impedem os despedimentos e protegem o emprego.

O Governo não pode dizer que o Estado está de fora do Novo Banco e, depois, os mapas do Orçamento

mostrarem 476 milhões para o Novo Banco, dos quais 180 milhões são financiados por impostos canalizados

do Estado para o Fundo de Resolução e o resto é financiado por um empréstimo que, como sabe, será pago

com impostos futuros.

Por isso, Sr. Deputado João Paulo Correia, gostaria de lhe dizer uma coisa — e entenda o conselho como

entender: a chantagem não vai proteger o País da crise. Não é sob chantagem que vamos proteger as

pessoas daquilo que de tão difícil virá com esta crise.

Nós sabemos que os tempos são difíceis, nós sabemos que as pessoas vão sofrer o desemprego, a

pobreza, nós sabemos que o SNS vai ficar sob pressão. É por isso que somos tão exigentes com as nossas