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I SÉRIE — NÚMERO 13

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Sr. Deputado, sobre a parte inicial da sua intervenção, ela só o responsabiliza a si e a mais ninguém,…

O Sr. Adão Silva (PSD): — A ele e ao Grupo Parlamentar do PSD!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … fica consigo o que proferiu. Sobre o que efetivamente interessa, que é discutir as questões de saúde, sobre o que verdadeiramente

interessa, que é adotar as medidas para reforçar o Serviço Nacional de Saúde, para reforçar a sua capacidade

com mais meios e mais profissionais, não só para responder aos doentes com a doença COVID-19 mas

também para recuperar tudo aquilo que ficou por fazer e para continuar a acompanhar todos os utentes e

todos os doentes do nosso País, Sr. Deputado, tenho a dizer que, em maio, o PCP trouxe à Assembleia da

República uma proposta para um plano de emergência para o Serviço Nacional de Saúde.

Veja o que tinha esta nossa proposta: contratação de trabalhadores; conversão dos contratos de trabalho;

suplemento remuneratório para valorizar aqueles que estão nos serviços essenciais; valorização dos

trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde; reforço dos serviços de saúde ocupacional; reforço das equipas

de saúde pública; atribuição de médico e enfermeiro de família e aplicação de medidas excecionais e

transitórias para assegurar que todos os utentes tivessem médico e enfermeiro de família; reforço de meios

para a saúde mental; reforço do número de camas de agudos, de cuidados intensivos, de cuidados

continuados e paliativos; reforço da capacidade de diagnóstico e terapêutica.

Sabe porque é que trouxemos esta proposta? Trouxemo-la porque sabemos que é com mais meios que o

Serviço Nacional de Saúde pode ter a capacidade de tratar todos aqueles que agora têm a doença COVID e

tratar também todos os portugueses que continuam a ter todas as outras doenças que continuam a existir.

E o que fez o PSD perante uma proposta concreta para resolver problemas concretos? Votou contra. Votou

contra! Foi essa a emergência por parte do PSD! Quando já antevíamos que, com o aproximar do período de

inverno, muito provavelmente, a situação poderia agravar-se, o PSD, que vem aqui criticar, vem aqui contribuir

para a descredibilização do Serviço Nacional de Saúde, no momento de tomar medidas concretas para a sua

resolução, pôs-se de fora.

Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo algo que também é importante referir: nós não fomos confrontados

com duas hipóteses, ou seja, ou fica tudo na mesma ou transfere-se a prestação de cuidados para os grupos

privados. Não! Não são estas as hipóteses que temos em cima da mesa. Reconhecemos que o PSD e o CDS,

na altura em que governavam, também diziam que era tudo uma inevitabilidade, mas a verdade é que foi

possível recuperar rendimentos e foi possível recuperar direitos.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Aquilo que é necessário neste momento é o caminho que o PCP aqui propôs: o reforço do Serviço Nacional de Saúde, em vez de estar a canalizar recursos para os grupos privados

continuarem a lucrar à custa da doença e à custa da saúde dos portugueses. Aquilo que é preciso é ter um

Serviço Nacional de Saúde com mais meios e é por isso que o PCP se irá bater.

Aplausos do PCP e do PEV.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para responder aos pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado António Maló de Abreu.

O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Sr. Presidente, quero agradecer às Sr.as Deputadas Joana Lima e Paula Santos as perguntas que fizeram.

Começando pela Sr.ª Deputada Joana Lima, quero dizer-lhe que nós não fizemos uma crítica, baseámo-

nos em factos — e contra factos não há argumentos, de facto!

Não fomos nós que dissemos, em tempos, que havia uma baixíssima probabilidade de o vírus chegar a

Portugal.

A Sr.ª Sandra Pereira (PSD): — Muito bem!