15 DE OUTUBRO DE 2020
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O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Não fomos nós que dissemos que a Organização Mundial da Saúde estava a exagerar um bocadinho.
Aplausos do PSD.
Não fomos nós que dissemos que as máscaras dão uma falsa sensação de segurança.
O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Bem lembrado!
O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Não fomos nós que dissemos que a pandemia podia ser uma oportunidade para a agricultura portuguesa.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. António Malo de Abreu (PSD): — Não fomos nós que dissemos nada disto! Nós sabemos quem o disse e, portanto, o que trouxemos aqui hoje foram factos concretos.
Nós fizemos, nos momentos próprios, os avisos. Nós não somos Governo, nós temos e assumimos a
responsabilidade da oposição, construtivamente, mas não abdicamos da crítica, não abdicamos de vos
confrontar, a vocês, que suportam o Governo, não abdicamos de confrontar o Governo com os seus falhanços
sucessivos e não abdicamos de denunciar o que se passa no Serviço Nacional de Saúde.
O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem!
O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Não é para valorizar o privado, está enganada com quem está a falar. Nós valorizamos muito o Serviço Nacional de Saúde, que, também para nós, vou repetir, está no centro
da política de saúde.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Tivessem aprovado as nossas propostas!
O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Isto para nós é inquestionável! O que achamos é que, sobretudo num momento destes, é fundamental fazer um apelo a que todos
possamos trabalhar em conjunto. Todos os portugueses, todos os subsistemas de saúde devem colaborar. A
situação é demasiadamente grave, é demasiadamente difícil, estão pessoas a morrer, estão pessoas a sofrer
e, portanto, não há folgas a dar a ninguém, não há tempo para esperar por ninguém. É preciso todos
colaborarmos!
Quero aproveitar a oportunidade para responder à Sr.ª Deputada Bebiana Cunha, dizendo-lhe que o que se
passa com as juntas médicas é absolutamente lamentável. Há portugueses que estão à espera há um ano!
Protestos da Deputada do PS Joana Sá Pereira.
A Provedora de Justiça falou, inclusivamente, em dois anos de espera para uma junta médica. Não pode
ser!
O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem!
O Sr. António Maló de Abreu (PSD): — Há pessoas que dependem dessa junta médica. Há portugueses que, para sobreviverem, para comerem, precisam desta junta médica feita e não podem esperar um ou dois
anos para serem vistos pela junta médica.
Finalmente, respondendo à Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa, quero dizer-lhe que estamos de acordo: não há
dois caminhos, um caminho para doentes COVID e um caminho para doentes não-COVID, há um caminho
para todos os doentes. Aliás, um dos grandes erros foi o de isolar completamente os doentes não-COVID e