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I SÉRIE — NÚMERO 19

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aviação ou seja, por exemplo, na agricultura, sobretudo intensiva e superintensiva, para a reconversão em

modelos mais sustentáveis de produção.

Nesse sentido, gostaríamos também de saber se o Sr. Ministro nos acompanha ou não na criação de

incentivos e de apoios diretos para estas empresas e para a agricultura, por exemplo, para a recuperação de

habitats e de ecossistemas, para a recuperação e gestão adequada do habitat agrícola, porque, como é sabido,

há muito tempo que o PAN defende a necessidade de serem criadas ferramentas fiscais que exijam mais a

quem mais polui. Algo que, assim, permitiria precisamente cumprir com o Roteiro e as metas da neutralidade

carbónica, aliviando, ao mesmo tempo, impostos sobre o trabalho.

Uma outra questão que não podemos deixar de lhe colocar prende-se com a mobilidade, muito em especial

com a aposta na ferrovia.

Como o Sr. Ministro sabe, parte considerável das emissões de gases com efeito de estufa tem origem no

setor dos transportes. O PAN tem insistido particularmente nesta questão e, por isso mesmo, vamos propor a

criação de uma taxa de carbono aplicada às viagens aéreas e marítimas, cujo valor anual pode ascender a mais

de 100 milhões de euros.

Nesse sentido, Sr. Ministro, gostaríamos de saber se está ou não disponível para, com o Governo, nos

acompanhar no sentido de reverter esta taxa para o Fundo Ambiental e para que também possa ser aplicado o

desiderato de estender a ferrovia no plano nacional, nomeadamente a todas as capitais de distrito, ou, por

exemplo, na própria melhoria da qualidade da ligação ferroviária.

Sr. Ministro, não podemos terminar este debate sem trazer o tema das PPP rodoviárias, que têm sido um

negócio ruinoso para o País e que têm, neste Orçamento, mais 117 milhões de euros para o próximo ano, um

custo três vezes superior ao das estruturas que lhes estão associadas. Tal como sucedeu no Orçamento do

Estado de 2013, o PAN vai propor uma renegociação das PPP rodoviárias. Gostaríamos de saber se o Sr.

Ministro está ou não disponível para, na especialidade, trabalhar numa proposta que possa reduzir este encargo,

este ónus para o Estado.

Aplausos do PAN.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, eu não sei se é o Orçamento vegan ou se é outro qualquer. Sei uma coisa: sei que é o Orçamento mais fraco da história do Partido Socialista. E digo «mais fraco»

porque ele é aprovado nesta Assembleia, unicamente e exclusivamente, com o apoio de Deputados não inscritos

de um partido que nunca foi a eleições. Isso já devia dizer muito ao Partido Socialista sobre o resultado que aqui

teremos esta tarde em relação ao Orçamento do Estado!

Mas também nos devia fazer pensar porque é que, neste Orçamento que aqui nos traz, o Sr. Ministro aparece

hoje perante o País a dizer que a saúde é uma das grandes prioridades deste Orçamento. Mal seria se não

fosse, Sr. Ministro! No meio de uma pandemia, mal seria que a saúde não fosse a grande prioridade deste

Orçamento!

Mas, já que fala de saúde, o que é que este Orçamento nos dá para os mais de 1000 dias, em média, de

espera para consultas, que continua a existir no SNS? Absolutamente nada!

Protestos do Deputado do PS Porfírio Silva.

O Sr. Ministro falou de municípios, disse que eram fundamentais para o combate à pandemia. Então, como

explica que este seja o primeiro Orçamento que reduz as verbas para o Fundo Social Municipal, numa altura em

que os municípios enfrentam um aumento enorme de despesas em termos de transportes escolares e em termos

de refeições? Como é que vamos diminuir as verbas para os municípios no momento em que lhes pedimos que

lutem, finalmente, contra a COVID-19?

Protestos de Deputados do PS.