I SÉRIE — NÚMERO 26
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Para terminar, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado João Paulo Correia, não queria deixar
de lhe dizer que a avaliação que fizemos no nosso Congresso, relativamente à situação do País e às
perspetivas de futuro, é a de que é necessária, de facto, uma outra política.
As opções que o PS tem mantido, particularmente em questões estruturais que têm a ver com o
enfrentamento dos problemas nacionais, significam um verdadeiro condicionamento às possibilidades de
desenvolvimento do futuro, as limitações à nossa soberania, a limitação da capacidade de o Estado dispor de
instrumentos em empresas e setores estratégicos para dar resposta às necessidades do País. E essas são
limitações que têm de ser vencidas, de facto, com uma política alternativa.
O PCP não deixará de contribuir e de contar para as soluções de avanço na resposta aos problemas
nacionais e, particularmente, para a solução dos problemas imediatos que estão colocados por via da situação
de crise que atravessamos, mas não deixará de bater-se por esses objetivos mais avançados, que constituem
a política alternativa, patriótica e de esquerda…
O Sr. Adão Silva (PSD): — Claro, claro!
O Sr. João Oliveira (PCP): — … que é verdadeiramente a política alternativa pela qual nos continuaremos a bater.
Aplausos do PCP e do PEV.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado João Oliveira, queria associar-me às manifestações de saudação pelo Congresso do PCP e, em especial, pela reeleição do Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, mais uma vez, como
Secretário-Geral, visto que é Deputado desta Casa desde 1975, desde a Constituinte, e, portanto, é para nós
sempre um orgulho vê-lo em altos cargos no seu partido.
Aplausos do PS, do PCP e do PEV.
Tem agora a palavra, para uma declaração política, a Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa, do Grupo Parlamentar
do CDS-PP.
A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Nas vacinas contra a COVID-19 estão concentradas as esperanças do mundo — a esperança de recuperar a saúde como bem
fundamental, a esperança de recuperar a economia como atividade vital, a esperança de voltar ao normal.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — É por isso crítico que a operação de vacinação seja bem-sucedida; que no dia em que as vacinas chegarem a Portugal, tudo esteja meticulosamente preparado, cuidadosamente
antecipado, devidamente acompanhado.
Nos Estados Unidos da América, a operação foi entregue, em junho, a um general perito em logística e o
plano, apresentado em outubro, está agora a ser ensaiado e testado no terreno. A vacinação começará em
dezembro.
Na Alemanha, foi constituída uma equipa para programar a vacinação em 17 de abril e o plano foi tornado
público a 6 de novembro. Conhecem-se as diferentes fases e as responsabilidades estão atribuídas.
No Reino Unido, a equipa foi nomeada em maio e a primeira versão do plano apresentada em 25 de
setembro. A vacinação começará para a semana.
Em Portugal, só no dia 4 de novembro foi criada a comissão técnica de vacinação contra a COVID-19,
grupo consultivo da DGS (Direção-Geral da Saúde), para recomendar estratégias e grupos alvo, o que, desde
logo, correu mal.
Mas no dia 23 de novembro foi criada uma outra task force para, em 30 dias, elaborar um plano de
vacinação contra a COVID-19. Chefiada pelo Dr. Francisco Ramos, esta task force está, para toda e qualquer
decisão, subordinada às lideranças da DGS, do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de