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I SÉRIE — NÚMERO 26

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Socialista, o Partido Socialista e o Governo não têm nenhuma dúvida sobre a razão pela qual tivemos de fazer

esta intervenção na companhia.

Devo dizer, igualmente — e também estamos de acordo —, que a aviação civil passa, porventura, por um

dos piores momentos da sua história. Sabemos todos isso. E sabemos todos que, no quadro europeu, todos

os países estão a fazer intervenções volumosas, porventura muito mais volumosas do que a da TAP — o Sr.

Deputado do Iniciativa Liberal com certeza que sabe isso. Por exemplo, no caso da Lufthansa, o Estado

alemão investe 550 milhões de euros por mês; no caso da França, são 400 milhões de euros; 550 milhões de

euros é o investimento para a British Airways e Iberia; 260 milhões de euros para a Ryanair, etc. Ou seja,

estamos a falar de intervenções poderosíssimas que estão a ser feitas e não sabemos se haverá uma

segunda ronda de intervenções, tendo em conta a perspetiva para a aviação civil.

Tudo isto é muito complexo e não pode ser aligeirado, conforme tenho ouvido aqui ao lado.

Aliás, devo dizer, entre parêntesis, que achei muita graça que, neste debate, o PSD, por um determinado

Deputado, tenha dito «ai, ai, ai, não se fale do passado», mas, em relação a um outro tema, outro Deputado

do PSD venha lembrar o passado que foi feito pelo PS, como se isso fosse uma justificação para tudo.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira concluir, se fizer favor.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — É o paradoxo habitual do PSD.

Protestos do PSD.

Sr. Presidente, a terminar, queria fazer uma pergunta.

Digamos que o nos divide é a intervenção que o PS fez na TAP e aquilo que o Bloco de Esquerda gostaria

que fizesse, que era uma nacionalização, e a Sr.ª Deputada sabe que uma nacionalização sairia mais cara ao

País.

A pergunta é a seguinte: numa companhia aérea que estava preparada e dimensionada para transportar 17

milhões de passageiros, com as quedas significativas que estão previstas, de mais de 60% para o ano, e com

a recuperação prevista só para 2025, como é que acha que a nacionalização, per si, resolveria este problema

enorme?

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Nacionalizar significa que, de repente, a companhia passa a adaptar-se a um mercado que não existe, como estes que acabei de referir.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder, a Sr.ª Deputada Isabel Pires.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, queria agradecer aos quatro Srs. Deputados que colocaram questões, porque, de facto, estamos perante um tema absolutamente essencial para a economia portuguesa,

tanto mais quando se fala, cada vez mais, na retoma da economia portuguesa. E, se há coisa que é bastante

clara para todos — bem, não é para todos, para o Iniciativa Liberal isto não é claro! —, é o de que a TAP é um

fator essencial para a retoma da economia portuguesa, é a maior exportadora, representa 2% do PIB

português.

Protestos do Deputado do IL João Cotrim de Figueiredo.

O Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo falou-nos do Novo Banco, depois de ter sido o único Deputado

que pertence ao partido que se opôs a esperar pela auditoria ao Novo Banco.

Protestos do Deputado do IL João Cotrim de Figueiredo.