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I SÉRIE — NÚMERO 31

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O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Bruno Coimbra (PSD): — Concluo já, Sr. Presidente. Na verdade, o que é que o Partido Socialista fez quando chegou ao Governo? Qual foi o destino que deu às

receitas da TGR? Que investimentos promoveu? Quantos avisos abriu do Fundo Ambiental?

Sr. Deputado, não há política, há narrativa, e por isso é que não há resultados.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Inscreveu-se, também para uma intervenção, o Sr. Deputado Nelson Peralta, do Bloco de Esquerda.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Nelson Peralta (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quero dar conta de que a proposta do Bloco de Esquerda irá baixar à especialidade e espero que aí possa ser feito um caminho para uma maior

transparência, para que as câmaras municipais possam dispor de mais verbas e também para garantir que,

durante a pandemia, não será feito este aumento.

Queria também destacar que na Comissão de Ambiente se encontra uma proposta do Bloco de Esquerda

para uma maior generalização da tarifa social — uma criação do Bloco de Esquerda — na água, mas também

nos resíduos sólidos urbanos, e que a proteção dos direitos das populações contará sempre com o Bloco de

Esquerda.

Nós não estamos a falar do aumento da taxa para as populações, estamos a falar do aumento da taxa às

entidades gestoras, pela sua ineficiência, para garantir que cumprem, e também de uma forma mais geral a

várias atividades económicas, seja em cimenteiras, seja em coincineração, seja subsídios perversos para a

queima de resíduos para produção de eletricidade, que é uma ineficiência energética, financeira e ambiental.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem, ainda, a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos, do PCP.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nestes poucos segundos que restam, quero dizer que, de facto, não é o PCP que faz a instrumentalização das questões do ambiente, iludindo a necessidade

de investimento numa política de proteção do ambiente sem onerar as populações. E quem aqui defende, como

o PS, o PSD, o PAN, o Bloco, o aumento da taxa de gestão de resíduos tem de ter presente que vai onerar,

principalmente, as populações e é responsável pelo agravamento das condições de vida das populações, porque

este aumento vai ter obrigatoriamente repercussão na sua faturação. É importante ter isto presente.

Queremos também dizer à Sr.ª Secretária de Estado que trouxemos aqui uma iniciativa muito clara. Se o

objetivo é o de reduzir resíduos supérfluos — é verdade que queremos reduzir —, então, vamos tocar onde eles

são produzidos sem necessidade. Nós trouxemos uma proposta nesse sentido, mas, mais uma vez, teve o

impedimento do PS, do PSD e do CDS, que não querem tocar nos interesses dos grupos económicos.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — É aqui, sim, que está a chave desta questão, a questão central no que diz respeito às políticas de ambiente. É que para uma verdadeira política de ambiente, para proteger a natureza,

não se vai lá com o sistema capitalista, não se vai lá com a proteção dos interesses dos grupos económicos,

mas, sim, com políticas concretas de investimento. Nem se vai lá com taxas e taxinhas, que oneram e penalizam

as populações.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, vamos passar à fase de encerramento do debate.