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29 DE JANEIRO DE 2021

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E, neste quadro, sim, não vamos atrás de outros. Tal como já tínhamos limitado os voos do Reino Unido e,

entretanto, suspendemos esses voos, já suspendemos os voos com ligação ao Brasil e iremos contribuir para a

decisão europeia que limita voos entre áreas de risco em toda a União Europeia e passa a exigir teste e

quarentena, por decisão articulada a nível europeu. Também o Governo, no quadro de uma estratégia nacional,

adotará a medida de limitação de deslocações para o exterior de cidadãos nacionais, nos próximos 15 dias, para

proteger os cidadãos nacionais, para contribuir para a redução de contágios e a limitação da pandemia, limitando

as saídas por via aérea, fluvial ou terrestre, salvo em casos excecionais.

É esta mobilização, em que, como sinal de esperança, a vacina avança, que é fundamental em torno dos

profissionais de saúde,…

O Sr. Presidente: — Peço que conclua, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Administração Interna: — … em torno de toda a sociedade portuguesa, e também à Assembleia da República, voz de todos os portugueses, não basta legitimar o estado de emergência, exige-se

essa mobilização pela esperança. É esta solidariedade que é devida aos portugueses, aos profissionais de

saúde e aos infetados.

O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Administração Interna: — O Governo, com coragem, com determinação, cá estará para lutar pelos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos ao fim do debate sobre o pedido de autorização de renovação do estado de emergência.

Como já tinha informado, temos quórum de deliberação mais do que suficiente, aliás, há 203 Sr.as e Srs.

Deputados registados, pelo que vamos passar imediatamente à votação do pedido de autorização, solicitado

pelo Presidente da República, para a renovação da declaração do estado de emergência.

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do PSD, do CDS-PP, do PAN e da Deputada

não inscrita Cristina Rodrigues, votos contra do PCP, do PEV, do CH, do IL e da Deputada não inscrita Joacine

Katar Moreira e a abstenção do BE.

Antes de passarmos ao ponto seguinte da nossa ordem de trabalhos, despeço-me dos Srs. Membros do

Governo que saem, neste momento, da Sala.

Agora, sim, vamos passar ao debate de atualidade, requerido pelo PCP, sobre os problemas nos lares de

idosos.

Para abrir o debate, tem a palavra a Sr.ª Deputada Diana Ferreira.

A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que cumprimento, Sr.as e Srs. Deputados: O surto epidémico que o País enfrenta tem tido consequências

especialmente difíceis e dolorosas para os idosos em lares e para as suas famílias, bem como para os

trabalhadores destes equipamentos sociais, na sua esmagadora maioria mulheres e com salários muito baixos.

Em março de 2020, o Secretário-Geral do PCP, em debate quinzenal com o Primeiro-Ministro, colocou a

necessidade imperiosa de serem garantidas condições de funcionamento dos lares de idosos, bem como

medidas para a prevenção e contenção do contágio.

Mais de 10 meses depois, os alertas e preocupações que, então, deixámos têm reforçada importância face

à realidade que se agravou.

Estamos perante uma realidade que exige uma ação imediata e eficaz, uma ação que garanta as respostas

de emergência necessárias face à dureza da situação que se vive em muitos lares.