I SÉRIE — NÚMERO 42
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com permanentes visitas conjuntas, no terreno, da segurança social, da proteção civil, da saúde, que chegaram
a 4221 instituições, para verificação in loco e ajuda à implementação de medidas de prevenção.
Aplausos do PS.
Fizemo-lo também com a mobilização das Forças Armadas, que têm sido incansáveis em todas estas ações
de apoio e que, neste momento, já fizeram 2000 ações de formação nos próprios lares, abrangendo cerca de
21 000 pessoas, com o reforço da capacidade financeira das instituições, com medidas extraordinárias no valor
de 465 milhões de euros para ajudarem as instituições a fazerem face a este momento e ainda ao nível de
programas especiais dedicados só aos trabalhadores dos lares para testagem preventiva de situações, que já
ultrapassaram mais de 220 000 funcionários, em termos de testes preventivos, o que permitiu prevenir a
ocorrência de 650 surtos, por antecipação e identificação prévia de situações positivas.
Ainda ao nível da intervenção no contexto de surtos, dou o exemplo concreto das brigadas de intervenção
rápida, que foram criadas com muita dificuldade, muita exigência, que foram sendo reforçadas e que neste
momento têm 557 pessoas. Já foram ativadas 363 vezes em surto, estando, neste momento, em 99 surtos
ativos.
Também com o programa de vacinação temos grande preocupação em proteger as pessoas que estão nos
lares e nas instituições, tendo assumido como prioritárias as pessoas que estão nos lares e, neste momento, já
temos 165 000 pessoas vacinadas no âmbito destas instituições.
Mas a nossa preocupação tem sido também a de trabalhar na resposta estrutural àquilo que a pandémica
evidenciou serem fragilidades e, assim, temos de trabalhar, nomeadamente, em termos de diversificação,
alargamento e requalificação de respostas, na contratação e na qualificação de recursos humanos para o setor
social.
Foi neste sentido que lançámos o aviso do PARES 3.0 (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos
Sociais), com 110 milhões em 2020, que teve até agora 1300 candidaturas, que estão neste momento em fase
de análise, mas também identificámos, no Plano de Recuperação e Resiliência, 420 milhões de euros dedicados
a um programa para novas respostas e novos equipamentos sociais.
Este é claramente o tempo de ação e o tempo de missão, e a nossa missão é estarmos no terreno
permanentemente com quem precisa e a apoiar quem está a responder ao enorme desafio que temos pela
frente, enfrentando sempre os problemas, sem baixar os braços. Este é claramente o tempo também da missão
conjunta…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Ministra, queira concluir.
A Sr.ª Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — … e este é o tempo, acima de tudo, da responsabilidade e da união para continuarmos a trabalhar e a proteger quem precisa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Srs. Deputados, vamos passar à primeira ronda de perguntas ao Governo e ao partido que tomou a iniciativa deste agendamento.
Para esse efeito, a primeira intervenção cabe à Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes, do PSD.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Sr.ª Deputada Diana Ferreira, do PCP, trouxe aqui um tema muito relevante, o problema dos
lares de idosos.
Como a Sr.ª Deputada sabe, é um problema que tem sido várias vezes identificado pelo PSD como sendo
uma situação dramática, exigindo ao Governo que faça mais do que aquilo que está a fazer. Isto porque, de
facto, são inúmeros os problemas que acontecem e a Sr.ª Deputada acabou de referir muitos deles,
designadamente, e podemos elencar, falhou a testagem no que diz respeito aos lares, a qual não foi uma
testagem integrada e sistemática. Sr.ª Ministra, esta é a realidade! E falha a vacinação dos idosos em lares
ilegais, pelo que importa perceber se, de facto, os idosos estão a ser vacinados e quantos estão a ser vacinados.