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I SÉRIE — NÚMERO 42

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Em consequência da pandemia, muitas famílias, como sabemos, viram os seus rendimentos serem reduzidos

de forma significativa e muitas sentem dificuldades para suportar as despesas mensais, nomeadamente para

continuar a pagar as mensalidades dos seus idosos que estão institucionalizados em lares, as quais, ainda por

cima, foram aumentadas no início deste ano, em muitas situações.

Sr.ª Ministra, pergunto se considera aceitável que os lares tenham aumentado de forma significativa os

valores que cobram pelas mensalidades, a maioria suportada pelas famílias, algumas das quais viram os seus

rendimentos cair com a pandemia.

Pergunto, ainda, se o Governo tem previsto algum mecanismo para apoiar as famílias a suportarem as

mensalidades dos lares, tendo em conta os baixos rendimentos, as baixas pensões e o consequente aumento

da mensalidade.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Antes de dar a palavra ao próximo orador, ou oradora, a Mesa pretende esclarecer que a atual figura do debate de atualidade sucede à anterior figura do debate de urgência.

Portanto, temos duas rondas de intervenções que os grupos parlamentares, os Deputados únicos

representantes de partidos ou as Deputadas não inscritas utilizarão da maneira que entenderem, não

necessariamente sob a forma interrogativa, não estando proibidos de o fazer de forma interrogativa.

Portanto, é assim que as coisas se procedem e vamos continuar a dar continuidade às inscrições.

Em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, tem a palavra o Sr. Deputado João Paulo Pedrosa.

O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.ª Ministra, Srs. Membros do Governo: Começo por saudar este tema porque a vida não é tempo que passa mas tempo de encontro. Encontro com as

famílias que sofrem com a ausência e com a distância, encontro com os profissionais e os voluntários que em

todos os lares deste País fazem o melhor para acudir a quem precisa e também encontro com os servidores do

Estado, com os membros do Governo aqui presentes, quer com a Sr.ª Ministra, quer com o Sr. Secretário de

Estado coordenador, que têm feito um trabalho hercúleo na resposta a este problema.

O Estado, invocando aqui a parábola bíblica do abandonado, é quem, através dos mínimos sociais, tem

cuidado de dar a primeira prioridade ao trabalho dos lares.

Por isso, nunca é demais lembrar aqui tudo aquilo que foi feito, porque a pergunta é, fundamentalmente, o

que é que teria acontecido se esta resposta não tivesse sido dada. E a resposta é a da capacitação, com 4221

visitas para divulgação de normas, 1,9 milhões de equipamentos de proteção individual, o Adaptar Social +.

Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes, o Sr. Dr. João Ferreira de Almeida veio dizer aqui, na audição da

semana passada, que se não fosse o apoio para todos nestes equipamentos e nestas atividades os lares não

teriam tido a resposta de que necessitavam.

Aplausos do PS.

E depois foram 220 000 testes, que evitaram 650 surtos, 2000 ações de formação para 27 000 pessoas,

através da sociedade civil e das Forças Armadas, 18 brigadas de intervenção rápidas, 365 situações, estando,

neste momento, 557 pessoas a acudir a 99 surtos.

Mais uma vez, vou recordar aqui o interveniente na sociedade civil, o Dr. Manuel Lemos, que diz, numa

entrevista ao Jornal i, o seguinte: «A Cruz Vermelha tem feito um trabalho extraordinário. Não é por falta de

dinheiro que as pessoas não têm chegado aos lares».

Aplausos do PS.

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Não é a mim que tem de recordar!

O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — Sr.ª Deputada Diana Ferreira, falou nos profissionais. No último debate que houve, da iniciativa do CDS, sobre os lares, eu disse aqui que tinham sido 8000 profissionais em 1000

instituições. Neste momento, o número já vai em 14 000 profissionais em 1645 instituições.

Aplausos do PS.