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30 DE JANEIRO DE 2021

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Democracia Europeia, que foi apresentado no fim do ano, acolher e trabalhar com a Comissão Europeia para o

Plano de Ação contra o Racismo e iniciar o processo de discussão do novo ato sobre os serviços digitais do

qual um dos pontos essenciais é, justamente, combater o incitamento ao ódio e à violência nas redes sociais.

Agradeço muito as intervenções das Sr.as e dos Srs. Deputados. Por manifesta escassez de tempo,

concentrei-me naquilo que, do meu ponto de vista, e no plano europeu, mais singulariza a Presidência

portuguesa do Conselho da União Europeia. Claro que temos de resolver o mais depressa possível os

incumprimentos contratuais que agora se verificam e que estão a atrasar o processo de vacinação, mas a minha

resposta aos vários Srs. Deputados que colocaram essa questão é muito simples: trata-se de forçar, por parte

das empresas, o cumprimento dos contratos que estas assinaram.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos, assim, ao final do nosso primeiro ponto da agenda.

Passamos, pois, ao segundo ponto, que consta da discussão da Proposta de Resolução n.º 18/XIV/2.ª (GOV)

— Aprova a Decisão (UE, Euratom) 2020/2053 do Conselho, de 14 de dezembro de 2020, relativa ao sistema

de recursos próprios da União Europeia e que revoga a Decisão 2014/335/UE, Euratom.

Tem a palavra, para abrir o debate, o Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos

Silva.

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados:

Analisamos agora um aspeto específico, mas muitíssimo importante, aliás capital, da agenda europeia do

momento. O Governo solicita à Assembleia da República a aprovação da proposta de resolução que aprova a

decisão sobre recursos próprios da União Europeia para que, depois, o processo possa seguir para S. Ex.ª o

Presidente da República.

Somos um dos primeiros Estados-Membros a concluir — espero que hoje — este processo. A Croácia e o

Chipre já o concluíram e a Itália está num processo muito avançado, mas é essencial que as ratificações

nacionais, que têm de ocorrer em todos os Estados-Membros, da decisão sobre os recursos próprios da União

Europeia, se façam em tempo útil. A nossa perspetiva é que estas possam concluir-se nesta primavera, porque

a sua conclusão é essencial para que a União Europeia possa levantar, nos mercados, os 750 mil milhões de

euros que constituem o fundo de recuperação. Portanto, agradeço à Assembleia da República a celeridade com

que tratou este processo e creio que será motivo de orgulho sermos um dos primeiros Estados-Membros a

concluir a ratificação nacional da decisão.

Em que consiste esta decisão? Fundamentalmente, trata-se de aumentar o teto de recursos próprios de 1,2%

para 2% do rendimento da União Europeia. Para que é precisamos do aumento desse teto? Para termos a

margem financeira indispensável para podermos obter, nos mercados, os fundos necessários para financiar o

programa Nova Geração e, em particular, o instrumento de recuperação e resiliência. Porque é que precisamos

desses fundos? Porque a dimensão do nosso programa Nova Geração, a dimensão da resposta da União

Europeia à crise económica e social que vivemos têm de estar à altura da dimensão desta crise. Nós não

podemos enfrentar uma crise desta dimensão, desta excecionalidade senão recorrendo a meios excecionais!

Foi isso que os chefes de Estado e de Governo aprovaram, em julho passado, e depois reconfirmaram, em

dezembro, e foi isso também que, em trabalho de diálogo, o Parlamento Europeu e o Conselho acertaram.

Com a ratificação nacional e com a aprovação da decisão de recursos próprios, teremos a margem

indispensável de modo a que possamos fazer uma emissão conjunta de dívida nas melhores condições

possíveis para obter um conjunto de 750 mil milhões de euros de fundos, que — este é um ponto muito

importante — serão utlizados para financiar programas construídos a partir dos Estados-Membros, a partir das

necessidades e dos projetos dos Estados-Membros, propostos pelos respetivos Governos, acordados com os

respetivos Parlamentos e dirigidos às características próprias de cada Estado, de cada economia e de cada

sociedade.

Esse ponto é muitíssimo importante, pois não se trata de um modelo único para todos ou de um modelo

imposto de fora a cada Estado-Membro, trata-se antes de planos nacionais de recuperação e de resiliência que

são preparados pelos Estados-Membros, que são discutidos nos Estados-Membros, que são acordados nas