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I SÉRIE — NÚMERO 60

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fundamentais na identificação das situações de risco para a violência doméstica, estando essa prioridade

referida. Na componente das qualificações, também existem as medidas que, há pouco, já referi, de

majoração nos apoios à contratação e na formação nas áreas digitais.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — A Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real ainda dispõe de tempo e pretende utilizá-lo. Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, agradeço até porque o tempo escasseia. Sr.ª Ministra, queria dizer, muito telegraficamente, ainda dentro da matéria da igualdade e em relação à

comunidade, que ouvimos os esclarecimentos que prestou ao Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda. No

entanto, ficámos sem perceber que investimento vai ser feito, em concreto, nas respostas de habitação,

nomeadamente de emergência. Falou em 1,7 milhões de euros. De onde provém este dinheiro? Onde vai ser

investido? Fazer depender única e exclusivamente a igualdade, por exemplo, dos jogos da Santa Casa, é o

mesmo que dizer que continuamos numa lógica de fortuna ou azar. A igualdade não se compadece com isso!

Hoje, não posso deixar de lhe pôr uma última questão, Sr.ª Ministra. Ouvimos o PSD e o CDS a falar da

questão dos migrantes, mas ninguém falou das mais de 130 pessoas que, na semana passada, morreram em

pleno mar Mediterrâneo. Portugal também tem de ter uma palavra a dizer sobre isto e não pode ficar em

silêncio sobre este flagelo humano que bate à porta das nossas fronteiras.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, tem de concluir.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Portanto, não podemos falar apenas de prevenção, temos de falar de ação. Sr.ª Ministra, gostaria de saber, por isso, o que Portugal vai fazer, no âmbito da Presidência do

Conselho da União Europeia, em relação a isto.

Muito obrigada pela tolerância, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

A Sr.ª Ministra de Estado e da Presidência: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, as políticas de habitação são financiadas através do Programa de Recuperação e Resiliência. Este valor para trabalhar a matéria da

habitação é um valor de que o País já não dispunha desde a década de 1990.

Quanto à questão dos refugiados, como sabe, Portugal participa no esforço de solidariedade e é um dos

países que mais se tem manifestado disponível para acolher adultos e menores neste contexto. Julgo que isto

é reconhecido por todos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para fazer perguntas, a Sr.ª Deputada Mariana Silva, de Os Verdes.

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Ministra, ainda no caminho de estabilizar a propagação da doença e ainda focados nos apoios que são

necessários prestar, no desconfinamento que entrará na sua última fase na próxima semana, não podemos

deixar de dizer que as consequências desta pandemia, que ainda está entre nós, estão longe de ser avaliadas.

Não sabemos quais as consequências económicas, sociais e, sobretudo, de saúde, no geral, e de saúde

mental, em particular, que poderão afetar desde os mais jovens aos mais idosos, mas também não sabemos

as consequências do aumento da violência doméstica neste tempo de pandemia, em que as vítimas foram

obrigadas a conviver com os abusadores, com os criminosos. Há até estudos que indicam que um terço das

vítimas o terá sido pela primeira vez nestes períodos de confinamento.