30 DE ABRIL DE 2021
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… ou seja, em tudo aquilo que constitui a primeira resposta às crises, quer sejam sanitárias, quer sejam
económicas, quer sejam de natureza social. Portanto, esta é uma opção clara do programa de recuperação e
resiliência nacional que tivemos claramente trabalho em explicar à Comissão Europeia, a par da aposta mais
fácil de explicar, porque era incrustada nas próprias políticas comunitárias da transição digital e da transição
climática.
Mas, a par desta aposta no social, também incluímos nessa dimensão da resiliência uma outra dimensão,
que o Sr. Deputado Luís Testa muito bem referiu, que é a questão de um desenvolvimento territorialmente
equilibrado, da coesão territorial, que, no caso do nosso País, também era importante assegurar.
Percebemos, decorrente desta pandemia, que existiam territórios mais vulneráveis, que tinham mais
dificuldades, o que já é característica das suas incapacidades estruturais, e por isso mesmo também temos um
conjunto de investimentos particularmente desenhados e dirigidos para os territórios mais vulneráveis e de
menor densidade.
Cito, a título de exemplo, investimentos que são essenciais para mitigar, para minimizar, as ameaças
decorrentes da seca, como é o caso da barragem do Pisão. A grande ameaça para aquele território do Alto
Alentejo é a seca, que prejudica a perspetiva de desenvolvimento e causa o despovoamento progressivo que
tem vindo a sofrer.
Portanto, a ideia da criação daquele complexo, que, mais do que uma barragem, é um complexo, é a ideia
de propiciar um elemento diferenciador, dinamizador e criador de dinâmicas de emprego, de oportunidades para
as pessoas que lá vivem, para assim ultrapassar o impasse em que aquele território se encontra. Temos, pois,
exemplos bem concretos.
Por vezes, já nos fizeram a crítica: «Ah, mas isto são tudo projetos já conhecidos. Não há novidade em muitos
dos investimentos.» Pois não, não há novidade! A grande novidade é que estes projetos estavam na gaveta há
10, 15, 20 anos!
Aplausos do PS.
Já tive ocasião de dizer que tivemos a oportunidade, agora, de abrir as gavetas e pôr os sonhos de muitas
pessoas, de muitos territórios, de muitos portugueses em cima da mesa, para os concretizar nos próximos cinco
anos.
Aplausos do PS.
Portanto, é esta a aposta que fazemos no social.
Vamos agora perceber o seguinte: não temos qualquer tipo de complexo e não fazemos uma divisão a priori,
não pomos nenhuma conta no bolso de cada um dos beneficiários do PRR. Não fazemos as contas porque a
nossa ideia não é andar a distribuir dinheiro por tipos de beneficiários. Nós, a priori, não contamos o dinheiro
que vai para o público e o dinheiro que vai para o privado.
Protestos da Deputada do PSD Filipa Roseta.
Isso depende da nossa estratégia, e o que diz a nossa estratégia é que há o apoio que se justifica quer ao
privado, quer ao público, no quadro do PRR, na justa medida em que isso corresponde à estratégia. Temos uma
estratégia de apoio ao investimento privado que vai contribuir para os nossos objetivos de melhoria. Em quê?
Na qualificação dos portugueses: sempre que as empresas investirem na qualificação dos portugueses, têm
verbas significativas ao seu dispor.
Na digitalização das empresas: sempre que as empresas quiserem investir na digitalização, têm verbas
significativas ao seu dispor.
Na descarbonização das empresas portuguesas: as empresas têm também recursos disponíveis ao seu
dispor, e, sobretudo, ao seu dispor estarão centenas de milhões de euros, muito perto de 1000 milhões de euros,
verbas que, na última fase, foram reforçadas em mais 300 milhões de euros para verdadeiras agendas
mobilizadoras que consigam contribuir de forma decisiva para a melhoria do perfil de especialização em direção