O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 DE SETEMBRO DE 2021

29

passar, já há muitos meses. Por isso, acompanharemos os projetos de resolução que foram hoje

apresentados e que estão submetidos à discussão, quer pelo BE, quer pelo PEV.

Para o PCP, sempre foi uma questão fundamental que, neste quadro pandémico, não houvesse nem um

direito a menos. Adotámos esta insígnia e procurámos sempre apresentar propostas, na Assembleia da

República, no sentido de colmatar os problemas sociais e remuneratórios resultantes da pandemia, como os

despedimentos que se verificaram, em que as pessoas caíram em situação involuntária de despedimento,

justificados pela pandemia ou impostos a pretexto da pandemia.

Portanto, sempre nos batemos para que não faltassem apoios públicos a essas pessoas, assim como para

que não faltassem apoios a trabalhadores independentes que se vissem na mesma situação, por via da

cessação de atividade a que se viram forçados. Assim fizemos, designadamente no orçamento retificativo de

2020, em que considerámos que não se resolviam, de facto, os problemas que estavam colocados a muitas

dessas pessoas, como era suposto que o fizessem e como deveria ter sido feito. Também no Orçamento do

Estado para 2021, o PCP bateu-se para a aprovação de propostas que procurassem resolver ou, pelo menos,

colmatar as situações sociais mais graves resultantes da pandemia.

Nesse sentido, sendo essa a nossa posição, obviamente, havendo propostas que apresentam

recomendações ao Governo — evidentemente, todos sabemos as limitações que esta figura regimental

comporta —, acompanharemos as recomendações que são feitas.

Obviamente, os projetos de resolução que estão, hoje, a ser discutidos contarão com o voto favorável do

Partido Comunista Português.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem!

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Passamos, agora, a palavra ao Sr. Deputado Diogo Pacheco

de Amorim, do Chega.

O Sr. Diogo Pacheco de Amorim (CH): — Sr. Presidente: É mais do que evidente que o Apoio

Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores, criado pelo Governo e previsto no Orçamento do Estado

para 2021, continua a não dar a mais elementar resposta a quem mais precisa, pelos requisitos que exige,

pela burocracia que desencadeia. O problema é que se agrava no caso dos trabalhadores independentes. O

processo em vigor é lento, moroso, complexo e burocrático e não corresponde à real necessidade, urgência e

dificuldade dos portugueses.

São realidades como esta que desmontam a narrativa do Governo de que está tudo bem, de que o País vai

de vento em popa, de que o futuro é risonho. Portugal atravessa um momento difícil e o Governo devia falar

menos e trabalhar mais.

O Bloco de Esquerda, que tem dado todo o apoio a este Governo, é cúmplice desta negra e trágica

realidade, ainda que a preocupação, naturalmente, se registe.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do PS, a Sr.ª

Deputada Cristina Mendes da Silva.

A Sr.ª Cristina Mendes da Silva (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do

Partido Socialista tem plena consciência de que vivemos tempos muito difíceis e que todos os meios são

poucos para fazer justiça às pessoas que foram mais atingidas com esta pandemia.

Acreditamos que o pior já passou e que a retoma económica será uma realidade que vai permitir às

empresas a sua recuperação e às famílias e trabalhadores a possibilidade de retomarem a sua vida. Neste

sentido, os projetos de resolução que aqui se discutem contêm uma preocupação com trabalhadores e

pessoas em situação de desemprego que se viram privados do seu rendimento em virtude da crise económica

e social provocada pela pandemia.

No entanto, gostaríamos de reforçar duas ideias. Primeiro, as preocupações do Bloco de Esquerda e de Os

Verdes são as preocupações do Partido Socialista e do Governo, pois todos estamos atentos às necessidades

dos trabalhadores e das pessoas que estão em situação de desemprego e somos solidárias e solidários com