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8 DE OUTUBRO DE 2021

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voltou, hoje, a dizer ao que vem o PSD. É que se o PSD gerisse esta crise, a privatização da TAP levava ainda

a mais despedimentos, não se importaria com aquilo que significa a TAP como setor estratégico da economia

portuguesa,…

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — … não estaria preocupado com os postos de trabalho diretos ou indiretos. Mas veja-se o cúmulo: no meio desta pandemia e apesar da pandemia, as exportações

subiram e uma das responsáveis também pelo aumento das exportações, chama-se TAP, Sr. Deputado!

Aplausos do PS.

Mas já sabemos qual é a receita do Sr. Deputado e do PSD: privatizar. Por isso, hoje não falam dos

serviços públicos nem da saúde, porque calhou bem levantar o papão e o diabo sobre a saúde durante a

campanha autárquica.

Queria que o Sr. Primeiro-Ministro aqui nos dissesse, por exemplo, sobre a saúde — já que o PSD fez

disso bandeira na sua campanha autárquica — se está ou não em condições de garantir que a maternidade de

Coimbra será uma promessa cumprida por parte deste Governo,…

Aplausos do PS.

… aliás, na lógia do que tem sido o nosso esforço e o esforço do Governo no aumento e no investimento

na saúde.

Sr.as e Srs. Deputados, estamos a meio de uma legislatura e eu espero que tenhamos todos consciência de

que, depois deste ano e meio de pandemia, aquilo que é preciso fazer são escolhas, e escolhas muito claras.

Por isso, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, aquilo que é preciso saber é que, para recuperarmos

económica e socialmente — não tenhamos dúvidas, Srs. Deputados! —, a receita de cortar pensões, em

Bruxelas, não funciona. A receita que funciona é aproveitar bem os fundos que aí vêm para o PRR, de forma a

conseguirmos fazer as transformações no País, absolutamente necessárias e às quais todos nós devemos

estar comprometidos.

Aplausos do PS.

O segundo instrumento é falar sobre o Orçamento do Estado. E aqui julgo, Sr. Primeiro-Ministro, que é

preciso relembrar o caminho que foi feito desde 2015, liderado pelo Partido Socialista e com o apoio à

esquerda, e que o medo perante a pandemia não pode vencer, porque os resultados estão aí.

Por isso mesmo, Sr. Primeiro-Ministro, o caminho que vamos ter de trilhar daqui para a frente na

recuperação económica é escolher se queremos ou não voltar a investir no nosso tecido empresarial, se

queremos ou não apostar e ajudar a classe média, aliviando fiscalmente a classe média, dando uma resposta

definitiva àquilo que são os anseios dos mais jovens, e também a necessidade de apostar nas famílias mais

jovens, seja na habitação, seja no emprego, seja, sobretudo, na melhoria salarial, que se impõem numa

recuperação económica.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendes, há uma peça que vale a pena reler: precisamente o discurso com que o Deputado Rui Rio justificou o voto contra do PSD no

Orçamento do Estado para 2021, uma peça que enuncia toda uma visão sobre como enfrentar essa crise.

Primeira constatação do Deputado Rui Rio — e, se me permite, vou citar: «O Orçamento não é realista e

arrisco a dizer que muito dificilmente não teremos, ao longo de 2021, o Orçamento retificativo no caso de este