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I SÉRIE — NÚMERO 8

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Orçamento do Estado vir a passar.» Chegámos a outubro e não temos nenhum Orçamento retificativo para

2021.

Aplausos do PS.

Visão do Dr. Rui Rio sobre como o Estado devia interagir com as famílias no momento de maior crise que

estávamos a viver. E cito: «Eu, repito, não acho adequado o aumento do salário mínimo nacional.» Ele era

contra o aumento do salário mínimo nacional, prevendo que arrastaria daí, mais uma vez, o diabo do

desemprego. O desemprego não subiu, o desemprego baixou e, felizmente, as pessoas tiveram direito ao

aumento do salário mínimo nacional.

Aplausos do PS.

Mas o Dr. Rui Rio não era só contra o aumento dos salários. O Dr. Rui Rio achava que, mesmo naquele

momento de maior dificuldade na vida das famílias, não se lhes devia aliviar os encargos. E, depois, o Dr. Rui

Rio dizia: «Baixar, mais uma vez, as propinas do ensino superior não faz sentido nenhum.» Ou seja, de acordo

com o Dr. Rui Rio, as famílias portuguesas não precisavam do apoio de baixar o custo do ensino superior para

que os seus filhos pudessem, apesar da crise, continuar a frequentar o ensino superior.

Aplausos do PS.

Bom, já sabemos que o Dr. Rui Rio é contra o apoio à TAP, porque é uma empresa regional. Deve ser

também por isso que já se lamentou publicamente de apoiar uma empresa como a Dielmar, porque é de

Alcains, e, portanto, também é uma empresa regional e não uma empresa da maior importância para toda uma

região.

Aplausos do PS.

Isto demonstra bem duas visões políticas, ambas legítimas, mas diametralmente opostas, de olhar e de

enfrentar uma crise.

O Dr. Rui Rio, o PSD e, presumo, também o CDS continuam a ter a visão de que às crises se responde

com austeridade, a nossa convicção é a de que às crises se responde com solidariedade. E é a solidariedade

que nos tem permitido estar a enfrentar e a vencer esta crise.

Aplausos do PS.

É esta conceção de desvalorização da importância do investimento que levou a que o principal partido da

oposição, em particular, se tenha desinteressado completamente daquilo que deveria ser o desenho, em

concreto, do Plano de Recuperação e Resiliência. E devo dizer que isso é tanto mais surpreendente quanto

um dos Eurodeputados mais importantes para que tenha sido possível Portugal ter um Plano de Recuperação

e Resiliência como este de que dispomos é, precisamente, um Deputado do PSD, que fez um trabalho

absolutamente extraordinário, o Eurodeputado José Manuel Fernandes, e, não obstante, nem assim o PSD foi

capaz de compreender que este era um plano para o País, para as portuguesas, para os portugueses, para a

economia nacional e que não era um plano do Governo e muito menos do partido do Governo.

Aplausos do PS.

Ora, devo dizer que fico absolutamente perplexo quando oiço falar nas medidas previstas no PRR como

sendo promessas. Mas será que não deram conta de que há um contrato assinado entre a República

portuguesa e a Comissão Europeia, que especifica as medidas, os investimentos que vão ser realizados, onde

vão ser realizados, o calendário em que têm de ser realizados? Acho mesmo que a grande sorte dos autarcas