5 DE NOVEMBRO DE 2021
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Portanto, são passos que podemos aqui assinalar como positivos e que podemos trabalhar, ainda que de
forma mais apertada do que aconteceria em condições normais. Mas, em conjunto e com um esforço
suplementar, conseguiremos ultrapassar estas adversidades, porque, neste momento específico, fruto da
condição económica que a situação de pandemia criou, muitas empresas exigem de nós uma resposta à
altura. E nós cá estaremos para honrar os nossos compromissos.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — A Mesa não dispõe de mais inscrições, pelo que vamos passar ao encerramento.
Presumo que a Sr.ª Ministra da Justiça queira usar da palavra durante os 2 minutos a que tem direito.
Faça favor, Sr.ª Ministra. Tem a palavra.
A Sr.ª Ministra da Justiça: — Sr.ª Presidente, agradeço às Sr.as e Srs. Deputados que participaram neste debate.
Queria dizer duas ou três coisas, referindo-me basicamente ao timing, aos antecedentes remotos, aos
antecedentes mais próximos e depois, obviamente, à nossa disponibilidade.
Desde logo, queria asseverar aos Srs. Deputados que o Governo não trouxe este instrumento neste
momento por razões que se prendem com a conjuntura. Como calcularão, trazer este diploma ao Parlamento
implicou um grande trabalho prévio ao nível do Governo, que obviamente culminou com a aprovação em
Conselho de Ministros. Aconteceu que, por coincidência, o diploma chegou ao Parlamento numa altura muito
próxima do debate orçamental, com as consequências que isso teve.
Quero também dizer-lhes, sobre antecedentes mais remotos, que a Comissão, com a consciência da
complexidade desta diretiva, criou um grupo de trabalho que reuniu uma vez em janeiro de 2020 e não tornou
a reunir. E criou o grupo de trabalho para quê? Justamente para criar regras uniformes de transposição para
todos os países. Isso nunca chegou a acontecer.
Em qualquer caso, o Governo foi trabalhando neste diploma e, como os Srs. Deputados sabem, houve um
momento em que a pandemia nos forçou a adotar medidas extraordinárias. Foram adotadas essas medidas
extraordinárias em matéria económica, nomeadamente o PEVE, de que já se falou aqui, os rateios
obrigatórios, o layoff simplificado.
Houve toda uma intervenção de emergência e deixámos estas matérias, que são mais estruturantes, para
um documento mais complexivo. É este documento que aqui trazemos. Trazemo-lo com toda a humildade,
com a consciência de que pode não ser exatamente aquilo que seria uma vontade maioritária deste
Parlamento, mas com o convencimento também de que o Parlamento tem consciência de que neste momento
precisamos efetivamente de encontrar ferramentas para enfrentar a crise que vem aí a seguir, quando forem
levantadas as moratórias e quando a economia começar a funcionar com o ritmo a que funcionava em 2019.
Portanto, nessa perspetiva, aquilo que venho dizer aos Srs. Deputados é que o Governo está inteiramente
disponível para, na especialidade, trabalhar em quaisquer condições, no sentido de encontrarmos aqui um
ponto de entendimento que nos permita avançar nesta matéria.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Vamos passar ao ponto 4 da nossa ordem de trabalhos, que consiste na apreciação, na generalidade, da Proposta de Lei n.º 117/XIV/3.ª (GOV) — Assegura, em matéria de
extradição e de congelamento, apreensão e perda de bens, o cumprimento dos Acordos entre a União
Europeia e a República da Islândia e o Reino da Noruega e o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do
Norte.
Para uma intervenção, tem de novo a palavra a Sr.ª Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.
Faça favor, Sr.ª Ministra.
A Sr.ª Ministra da Justiça: — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: No dia 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte deixou de fazer parte da União Europeia.