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10 DE DEZEMBRO DE 2021

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A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Sr.as e Srs. Deputados: O Sr. Primeiro-

Ministro elencou todos os temas em debate no próximo Conselho Europeu. Considero que há dois que são

recorrentes e incontornáveis, quer na agenda política europeia, quer na agenda mundial, que são a COVID-19

e as migrações.

A pandemia está longe de ser controlada. A variante Ómicron, já presente em todos os continentes, trouxe

mais dúvidas e preocupações. Por ser nova, por parecer mais facilmente transmissível e mais perigosa, veio

aumentar a incerteza e favorecer o medo. Aumentou a incerteza, inclusivamente, quanto à eficácia das atuais

vacinas, ainda que a indústria farmacêutica e os próprios cientistas deem garantias, dados e outras

informações tranquilizadoras, ao mesmo tempo que apelam à responsabilidade individual e relembram os

procedimentos mais eficazes, que todos conhecemos.

Embora a situação varie de país para país, porque também é muito variável a taxa de vacinação, quase

todos os Estados-Membros anunciaram mais medidas restritivas para enfrentar a nova vaga. Há países, como

a Itália, que tornaram a vacinação obrigatória para alguns grupos profissionais, outros, como a Áustria,

tornaram a vacina obrigatória para toda a população e, em quase toda a Europa, têm sido aplicadas

acrescidas restrições às pessoas não vacinadas, aos negacionistas.

Para já, é possível concluir aquilo que todos sabemos, não é?! Enquanto a maior parte da população

mundial não estiver vacinada, não nos vamos livrar das variantes do coronavírus.

No meio de toda esta imprevisibilidade, Portugal tem seguido o rumo certo, felizmente, adotando medidas

adequadas, «abrindo» ou «fechando» em função da evolução da situação. Com 88% da população vacinada,

Portugal ocupa o 5.º lugar a nível mundial e o 1.º a nível europeu, e é o 7.º país europeu com menos casos.

Nada disto acontece por acaso. Já Platão dizia: «Mesmo com terra fértil, não terás colheita rica, se não

cultivares.» A terra fértil são as portuguesas e os portugueses, e até os adolescentes, cujo sentido de

responsabilidade tem sido determinante e um exemplo para a Europa.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Além disso, contamos com muitos e competentes agricultores: desde os profissionais de saúde aos de outros setores de bens e serviços essenciais, dos professores aos autarcas, dos

bombeiros às Forças Armadas e de segurança, dos voluntários ao pessoal de limpeza.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Está o povo a levar com a enxada!

A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Mas, ao comando, temos um Primeiro-Ministro que, felizmente, não poupa nas sementes nem nos fertilizantes e decide em tempo útil — e, às vezes, até sem rede —, não se escusando

a emendar o rumo sempre que necessário. Trata-se de um Primeiro-Ministro e de um Governo que não

deixaram, não deixam, ninguém para trás.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — Mais manteiga, mais manteiga!

A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Continuamos na linha da frente na inoculação do reforço vacinal. Tal como eu e, provavelmente, alguns dos presentes, que já recebemos a terceira dose, mais de 1 milhão e 660 mil

portugueses também a receberam. Houve alguns problemas, designadamente em Lisboa, com o

encerramento de três centros de vacinação mais centrais e acessíveis à população mais idosa, mas o

processo de vacinação tem decorrido bem por todo o País.

É muito gratificante ouvir esta pedagógica afirmação: «Ao vacinar-me, protejo-me e protejo os outros.»

Portugal também protege os outros sendo solidário. O esforço de Portugal na cooperação internacional é

também exemplar, como referiu, aliás, o Sr. Primeiro-Ministro, na sua intervenção. Para além da doação de

300 000 vacinas no âmbito do COVAX, o Governo português já doou 2 milhões e 100 mil vacinas aos PALOP

e a Timor-Leste.