22 DE SETEMBRO DE 2023
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O Sr. Bruno Nunes (CH): — Muito bem! O Sr. Diogo Pacheco de Amorim (CH): — O caso dos cereais da Ucrânia e dos migrantes que chegam
maciçamente a Lampedusa são bem reveladores de que seguimos por um caminho que pode, a prazo, fazer implodir a União Europeia.
A política seguida pela União Europeia de acolhimento indiscriminado de migrantes iria bater, obviamente, mais cedo ou mais tarde, no muro da realidade; a realidade de as populações dos Estados-Membros começarem a reagir àquilo que sentem — bem ou mal, aqui para o caso não interessa — como uma ameaça, bem como a realidade da necessidade de os seus governantes se verem coagidos a tomar em conta essa reação.
A visita da Sr.ª von der Leyen a Lampedusa e o programa de 10 pontos por ela proposto, sendo um passo, é mais do que insuficiente. Prova dessa insuficiência é o conflito que, quase de imediato, surgiu entre a Áustria e a Itália, provando que o simples expediente de distribuir pelos países da União Europeia os migrantes que vão chegando não representa, de facto, uma solução.
O mesmo problema com a questão dos cereais da Ucrânia. A decisão da Comissão Europeia de levantar as proibições temporárias relativas aos cereais ucranianos em cinco países europeus, entre eles a Polónia, a Hungria e a Eslováquia, levou a que esses países, respeitando os interesses dos seus agricultores, decidissem proibir a importação de produtos agrícolas ucranianos.
Mais uma vez, Bruxelas, pela mão da Comissão, bate no muro da realidade dos interesses dos países que a integram, e, neste caso, com a agravante de estar a abalar a imperativa necessidade de uma frente comum no que respeita à guerra da Ucrânia. Algo está muito mal quando este caso se passa com um dos países que na Europa têm liderado o apoio à Ucrânia.
Assim sendo, esperemos que haja uma alteração do rumo e uma procura de novos equilíbrios. Aplausos do CH. O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Bruno Nunes, também pelo Grupo Parlamentar
do Chega. O Sr. Bruno Nunes (CH): — Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Sr.as e Srs.
Deputados: No debate do estado da União, a conversa do Partido Socialista é a extrema-direita, o perigo da extrema-direita e «lá vem a extrema-direita», vindo para aqui com conversas em que ninguém percebe o que se passa.
Uma das primeiras coisas que eu gostava de entender era se somos nós que discriminamos, ou não. Assim, pedia a todos os Deputados do Partido Socialista que, à saída, indicassem quantos refugiados podem VV. Ex.as receber em vossa casa. Quantos é que estão dispostos a receber em vossa casa?
Protestos de Deputados do PS. Porque acabámos de discutir o problema de não existir habitação, mas acabamos de perceber… O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Não seja por mim! O Sr. Bruno Nunes (CH): — Tenham calma! Acabamos de perceber que, em relação a Lampedusa, Portugal assume o compromisso de acolher mais
350. Digam-me, os senhores, como é que conseguem resolver este problema da multiplicação de casas! A menos que, de uma vez por todas, assumam que escondem casas dos portugueses,…
Protestos do Deputado do PS Porfírio Silva. … porque o Estado não consegue resolver o problema da habitação em Portugal. O Estado que diz que tem de resolver o problema da habitação é o mesmo que, lá fora, não consegue fazer
pressão sobre o BCE (Banco Central Europeu), não consegue fazer pressão sobre o Parlamento Europeu e