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I SÉRIE — NÚMERO 5

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O Sr. Porfírio Silva (PS): — A verdade é que não há só mais alunos, há também mais professores e educadores. Em 2021-2022, a escola pública tem, do pré-escolar ao secundário, mais 8681 docentes do que em 2015, enquanto, pelo contrário, o Governo de Passos Coelho tirou da escola pública quase 30 000 docentes.

Conseguimos, assim, mesmo com o aumento do número de alunos, melhorar o rácio aluno/docente. Isto é um investimento que vale a pena, porque produz resultados para as pessoas e para o País.

Vozes do PSD: — Seja sério! Seja sério! O Sr. Porfírio Silva (PS): — E quais são os resultados? Entre 2015 e 2021, a taxa de retenção e desistência

no secundário baixou de 15,5 % para 8,4 %. No mesmo período, a taxa de conclusão nos cursos científico-humanísticos subiu de 70 % para 90 %, e nos cursos profissionais subiu de 74 % para 84 %.

Os avanços deste tipo não acontecem por acaso, são produzidos por uma boa parceria funcional entre boa decisão política e bons profissionais das escolas.

Vozes do PS: — Muito bem! O Sr. Porfírio Silva (PS): — E é para continuar essa parceria que aqui estamos, com problemas que há que

resolver, mas que vamos continuar a resolver. Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Para intervir, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem agora a palavra a

Sr.ª Deputada Cláudia André. A Sr.ª Cláudia André (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro: Faltam professores.

Faltam professores e V. Ex.ª tem afirmado ultimamente algo que é óbvio para todos os Ministros dos últimos 10, 15 anos — ao contrário do que se diz aqui —, ou seja, que há 10 anos que não se reformavam tantos professores, que vamos precisar, até 2030, de 30 000 professores, que isto é um problema global.

Sr. Ministro, isto era, e foi, previsível em muitas recomendações internacionais e nacionais, do Conselho Nacional de Educação, nomeadamente, porque, há 10, 15, 20 anos, a estrutura etária dos professores estava estabilizada e, portanto, todos sabíamos que aqueles professores, passados x anos, se iriam reformar.

Naquela altura, o número de professores desempregados à porta do centro de emprego era muito grande — só não sabe quem não foi professor e não esteve nessas filas, só não sabe quem se esqueceu que havia professores que estavam no desemprego a 1 de setembro e durante muito tempo, até serem recolocados, quando o eram.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Não se passa nada! A Sr.ª Cláudia André (PSD): — Portanto, o que é facto é que o sistema tinha demasiados professores para

as necessidades daquela altura. Contudo, como todos sabíamos, se os professores, entretanto, se vão reformar, para aqueles que entraram nos anos 90 e no início dos anos 2000 — pela cronologia era fácil prever —, isto devia ter sido previsto e esta formação de professores devia ter sido feita precisamente há 5, 6, 7 e 8 anos, pelo menos.

Protestos do Deputado do PS Porfírio Silva. A forma de o fazer era muito simples: articular com o ensino superior e perceber como se iria recuperar os

cursos que tinham sido, entretanto, encerrados, sobretudo nas universidades que formam professores para o 3.º ciclo e secundário. Isso foi feito? Não, não foi feito. Aliás, ainda hoje não foi feito, ao contrário do que V. Ex.ª prometeu há um ano, quando disse que iria pensar em estágios remunerados,…

Aplausos do PSD.