O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 16

58

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço desculpa por interrompê-lo, mas, manifestamente, há muito barulho

na Sala.

Pausa.

Julgo que agora já baixou um bocadinho.

Faça favor de prosseguir, Sr. Deputado.

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Muito obrigado, Sr. Presidente. Os ovarenses merecem respeito e que haja

atenção dos Deputados por este tema.

Como estava a dizer, todo este processo está a desenrolar-se com uma enorme falta de transparência, com

muitas questões a serem levantadas e poucas ou nenhumas respostas. O resultado é a contestação que esta

tal grande reforma para 2024 está a gerar. Vejam as iniciativas que estamos aqui hoje a discutir, só relativas a

Ovar. É que até o PS tem uma!

Mais: nem o Ministro da Saúde nem o Diretor Executivo do SNS conseguiram ainda responder a uma questão

básica, que é esta: com estas 39 ULS, o Governo assegura que as listas de espera para consultas e cirurgias

se vão reduzir e que todos vão finalmente ter médicos de família? É que, para começo de conversa, é isto que

os portugueses querem saber.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, esta suposta reforma, de reformador nada tem, e demonstra, uma

vez mais, que o Governo não tem visão estratégica para a saúde; tem, sim, uma total incapacidade para o

diálogo.

A Iniciativa Liberal já apresentou uma proposta verdadeiramente reformadora, o SUA Saúde (Sistema

Universal de Acesso à Saúde), essa, sim, uma solução estrutural, corajosa, inovadora, que garantiria a todos

um verdadeiro acesso universal a cuidados de saúde e não a listas de espera, com verdadeira liberdade de

escolha e não apenas dentro do SNS.

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Muito bem!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Esta solução introduziria incentivos à eficiência do sistema no seu todo, à

inovação, à prevenção, à prestação de melhores cuidados de saúde e, sim, iria dignificar os profissionais.

Os senhores, de uma ponta à outra, aprovaram esta solução? Não. Não lhe deram, sequer, a possibilidade

de ser discutida e trabalhada na especialidade.

Portanto, resta-lhes, a vocês, continuar a apresentar iniciativas pontuais, caso a caso, localidade a localidade.

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Que não resolvem o problema!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Hoje, estamos a discutir se o hospital de Ovar deve ir para a ULS de Aveiro

ou para a ULS de Entre o Douro e Vouga. Nos próximos meses, estaremos a ter a mesma discussão para

inúmeros outros casos: vem Chaves defender a criação de uma nova ULS, Ourém vai defender que quer estar

na ULS de Médio Tejo e não em Leiria, e o Sr. Primeiro-Ministro vai responder caso a caso — «é fazer escolhas».

Mas o que os portugueses sabem é que este Primeiro-Ministro nunca escolhe fazer uma verdadeira reforma.

É isto que os portugueses esperam de um Governo? É isto que os portugueses esperam do Parlamento?

Propostas de remendos? Muda aqui e acolá e nada muda de fundo? Seguramente que não. Seguramente que

essa não é a nossa postura.

No que diz respeito à saúde em Portugal, com um sistema em colapso, o que os portugueses, de utentes a

profissionais, sabem é que só a Iniciativa Liberal tem uma proposta, uma reforma, que dá um verdadeiro acesso

universal à saúde.

Aplausos da IL.