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I SÉRIE — NÚMERO 16

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Alentejano, de Portalegre? Quer mais? Quer que lhe diga mais? Castelo Branco, Guarda, Bragança… Todas

estas unidades locais de saúde, que têm o modelo agora proposto pelo Governo, não só não melhoraram, como

até agravaram o acesso aos cuidados de saúde da população. Portanto, é esta a solução que o Governo

apresenta, aliás, em desacordo, até, com a sua bancada.

Mas podemos perguntar: por que razão querem, a todo o custo, o Governo e o PS implementar este modelo

em todo o País, depois de terem extinguido as ARS (administrações regionais de saúde)? Por que razão querem

implementar este modelo? A resposta é muito simples: é porque sabem que ele vai degradar o Serviço Nacional

de Saúde e é isto que vocês estão apostados em fazer.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Susana Correia (PS): — Eh! Não foi bonito!

O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate, em nome do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, tem a

palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas: Refiro algumas notas no final

deste debate, começando pelo projeto apresentado pelo Chega. Lamento dizer que este é um projeto de quem

não sabe do que é que está a falar. O título diz: «Recomenda ao Governo a manutenção do Centro de Saúde

de Ovar». Depois, a parte deliberativa diz: «Prescinda de incluir o concelho de Ovar na unidade local de saúde

de Ovar».

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — É uma gralha!

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Srs. Deputados, não há nenhuma unidade local de saúde de Ovar e não há

sequer assunto sobre a manutenção ou não do centro de saúde. Portanto, verifica-se muito bem que o Chega

não sabe do que é que está a falar, não conhece a realidade e, por isso, não é para contar com este projeto.

Quanto aos restantes projetos, há uma nota que é importante aqui deixar. Tanto o PSD como o PS, na

verdade, continuam a defender as ULS, as unidades locais de saúde, e uma das grandes críticas que é feita,

nomeadamente pelas populações, é exatamente ao próprio modelo de ULS. Como eu disse na minha

intervenção inicial e como já foi aqui referido, os modelos de ULS que existem em funcionamento denotam que

existem dificuldades de acesso. Na verdade, os dados dos próprios relatórios da Entidade Reguladora de Saúde

e da Administração Central do Sistema de Saúde dizem-nos que as ULS não estão a funcionar bem e que não

resolvem os problemas que se diz agora que querem resolver.

Portanto, tendo em conta isto, achamos que não podemos acompanhar, de facto, esta ideia de que as ULS

são o modelo que vai resolver o problema. Não são, Srs. Deputados! As populações estão a dizê-lo, os próprios

médicos e profissionais de saúde têm vindo a dizê-lo e, portanto, não podemos vir aqui e ser dúbios com projetos

de resolução que dizem que é preciso «criar condições» e «considerar a não inclusão». Temos de ser claros

sobre esta matéria: ou queremos que esta população de Ovar seja incluída numa ULS ou não queremos; ou

queremos que esta população continue a ter acesso aos serviços de saúde de proximidade, que são corretos e

que fazem sentido, ou não queremos.

Portanto, o apelo e o desafio que deixamos, no final deste debate, é que, efetivamente, possam ser

aprovados os projetos, para que, em especialidade, consigamos chegar a uma definição, a um texto concreto,

que, inequivocamente, defenda a população de Ovar e defenda o direito da população de Ovar a aceder a

serviços de saúde de proximidade.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Passamos ao quinto ponto da ordem do dia, que é a apreciação, sem tempos para

debate, da Proposta de Resolução n.º 18/XV/1.ª (GOV) — Aprova o Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação

entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e o Governo da Malásia, por outro, feito em

Bruxelas, em 14 de dezembro de 2022.