I SÉRIE — NÚMERO 18
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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Olha quem fala! São os especialistas em demagogia!
A Sr.ª Clarisse Campos (PS): — É óbvio que todos partilhamos das vossas preocupações, nomeadamente
quanto à necessidade de apoiar as famílias, aumentar os salários e reforçar o investimento público. É isso que
este Governo tem vindo a fazer nos últimos anos: devolver os rendimentos às famílias, de forma sistemática,
responsável e consistente.
Aplausos do PS.
E é isso, também, que vai fazer em 2024, porque essa é precisamente a matriz deste Orçamento do Estado.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Clarisse Campos (PS): — É verdade, Sr. Deputado: este é o Orçamento que contempla o maior
aumento de sempre…
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Dos impostos?
A Sr.ª Clarisse Campos (PS): — … do salário mínimo.
Este é um Orçamento que, além de reforçar apoios sociais, prevê reduções significativas no IRS,
beneficiando 6 milhões de agregados familiares.
Aplausos do PS.
É um Orçamento que consigna uma atualização histórica das pensões de 2,7 milhões de pensionistas
abrangidos e, em paralelo, alavanca o investimento público a níveis ainda não alcançados na última década.
Risos do Deputado do PCP Bruno Dias.
Este Orçamento é isto tudo e, ainda assim, não agrada ao PCP. Nada de novo,…
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — É verdade!
O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Como é que é possível?…
A Sr.ª Clarisse Campos (PS): — … porque, Sr.as e Srs. Deputados, o que o PCP quer é, como se diz no
Alentejo, «sol na eira e chuva no nabal».
Aplausos do PS.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isso é trafulhice!
A Sr.ª Clarisse Campos (PS): — O PCP faz toda uma lista de exigências, mas finge esquecer-se de que o
País continua a ter dívida pública, e é isto que nos distingue.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E bem! É tudo para a banca!
A Sr.ª Clarisse Campos (PS): — Com o Partido Socialista no Governo, conseguimos responder às
necessidades dos portugueses, mesmo em períodos de extrema dificuldade, e, em simultâneo, continuar a
contribuir para a redução da dívida, como acontecerá em 2024, com a dívida a ficar abaixo dos 100 % do PIB,
afastando Portugal da lista dos países mais endividados da Europa.