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I SÉRIE — NÚMERO 20

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A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — … ou mesmo como o Chega, que acha que depois de salvarmos a TAP (Transportes Aéreos Portugueses) da falência devemos investir em foguetões — vejam bem! — por via da aposta no setor aeroespacial. Podemos ir à Lua, mas não devemos ajudar os mais pobres!

O Sr. André Ventura (CH): — Mais vale ficar para trás! A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — E isso mesmo depois de salvarmos a TAP de ir à falência! Devemos também investir num caminho — aquele que o PAN entende e propõe — de redução do IRS das

famílias, com a revisão dos escalões, a manutenção do IVA Zero, ou a redução do IVA dos alimentos para os animais de companhia, que integram as famílias, para assim chegarmos claramente à classe média.

Chegamos à crise climática, que também não desapareceu como pano de fundo — aliás, não nos tem dado tréguas. Quanto a isso, o que o PS nos trouxe foi uma medida do IUC, que felizmente ficou pelo caminho, mas não nos podemos esquecer de que, em contrapartida, não traz nada. E não traz nada porque é uma medida de pretensa preocupação ambiental, mas em que continuamos a ter borlas fiscais que passam os 337 milhões de euros. Quando pedimos para ter transportes públicos para todos os jovens e nos dizem que não é possível e não é sustentável financeiramente, não vão buscar às borlas fiscais de quem mais polui e de quem mais lucra.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Isso na Madeira vai-se resolver tudo! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — As estufas! Baixem o das estufas! A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — E isso não acontece sequer, pelo menos, para aqueles jovens que

estão excluídos desta norma, mas que também estudam, ainda que não para a obtenção da licenciatura. Portanto, o que pergunto, Sr.as e Srs. Deputados e membros do Governo aqui presentes, é se, pelo menos

para estes jovens que também estudam, vão acompanhar o PAN, porque ainda vão a tempo. Assim como também ainda vão a tempo de suspender os negócios do lítio ou os negócios do hidrogénio.

Claramente, os portugueses lá fora esperam que isso aconteça e têm a oportunidade de o fazer neste mesmo Orçamento. Ou de criar fluxos de resíduos, que não existem, para a moda sustentável. E de criarmos, também aqui, no âmbito da eficiência hídrica e energética, as garantias do combate à seca e uma lei da água mais eficiente.

Por fim, não podemos deixar a proteção dos animais para trás. Há os que, em momentos de campanha, vamos ouvir dizer que são muito amigos dos animais, mas depois

vêm aqui bater no peito pelas touradas, porque só valem alguns animais e os outros que fiquem para trás. Protestos da Deputada do CH Rita Matias. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Três touradas, já! A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Os animais de companhia não podem ser o parente pobre deste

Orçamento. E não nos podemos esquecer de que não só é preciso aumentar a verba tendo em conta a inflação, como garantir que vamos mais longe. E não nos podemos esquecer de que é preciso que, através dos dinheiros públicos, não estejamos a dar incentivos ao baronato da caça, aos interesses do lobby da tauromaquia,…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ah! A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — … e garantir, de uma vez por todas, que o IVA da alimentação dos

animais de companhia desce, porque quem paga o IVA são as famílias que passam necessidades. O Sr. André Ventura (CH): — Isso é que é relevante para o Orçamento do Estado!