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I SÉRIE — NÚMERO 20

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Mas, Sr.as e Srs. Deputados, também apostamos, como sempre temos feito, no combate à fraude e à evasão fiscal. É por isso que propomos, pela primeira vez nesta Assembleia da República, o englobamento declarativo de todos os rendimentos e ativos, para que seja obrigatório declarar anualmente todos os rendimentos, independentemente de serem tributados ou não, incluindo os rendimentos que são oriundos de paraísos fiscais. É uma medida poderosa de combate à fraude e à evasão fiscal.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem! O Sr. Miguel Cabrita (PS): — E criamos também, pela primeira vez, uma dedução para serviço doméstico,

para aprofundar o combate à informalidade neste setor, depois dos passos já dados quando o trabalho não declarado foi criminalizado na Agenda do Trabalho Digno.

Propomos ainda e avançamos com a obrigatoriedade de pagamentos eletrónicos por parte das empresas à Autoridade Tributária, para diminuir a economia informal.

Por falar em empresas, também não as esquecemos neste Orçamento. É por isso que, para responder à conjuntura dos nossos principais mercados, propomos reforçar os seguros de crédito às exportações para países dentro e fora da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), para ajudar as empresas a diversificar os mercados.

E propomos que, tal como as famílias, também as empresas, também as microempresas, as PME (pequenas e médias empresas), os empresários em nome individual, as IPSS (instituições particulares de solidariedade social), venham a ter acesso a um regime de fixação das prestações de crédito para responder ao aumento dos juros, um mecanismo que já beneficia milhares de famílias e que vai beneficiar muitos milhares de empresas. As empresas que a direita diz que são esquecidas neste Orçamento, mas não são, pois ele tem medidas concretas para as empresas.

Aplausos do PS. Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, estas medidas são apenas alguns exemplos do compromisso e da

determinação do trabalho que estamos a fazer, em sede de especialidade, para melhorar um Orçamento cuja base é a base da estabilidade, do crescimento, do reforço de rendimentos que os portugueses merecem.

Tal como apresentamos propostas — como sempre fizemos, zero eleitoralismo —,… Risos do Deputado do CH Pedro Pinto. … também não abdicamos de discutir e de viabilizar as propostas da oposição, tal como temos feito em todos

os orçamentos. Esta também é uma marca desta maioria: diálogo com as oposições. A direita não gosta, mas fazer o que sempre fizemos — fazer propostas, apresentar propostas — não é eleitoralismo, é trabalhar para melhorar o Orçamento, é trabalhar para melhorar a vida das pessoas e a vida das empresas em Portugal.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem! O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Sr. Presidente, para concluir, o PS está numa posição diferente das oposições

neste Parlamento. Em particular, ao contrário da direita, nós não desejamos a instabilidade que a direita deseja ardentemente. Não desejamos, como a direita deseja ardentemente, pôr em risco as conquistas destes anos: a melhoria dos rendimentos, a proteção aos mais desfavorecidos e às classes médias, uma estratégia de crescimento que inclui todos. Nós não perderemos o foco nem a determinação e vamos, com esse foco e com essa determinação, também aqui, na Assembleia da República, lutar para proporcionar um 2024 melhor para todos os portugueses.

Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Assim terminamos a apreciação do artigo 2.º. Passamos para o artigo 3.º — Utilização condicionada das dotações orçamentais.