I SÉRIE — NÚMERO 20
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O Sr. Presidente (Adão Silva): — Cumprimento a Sr.ª Ministra, as Sr.as e os Srs. Secretários de Estado, as Sr.as e os Srs. Deputados, e também os cidadãos que estão nas galerias. Um bom dia a todos.
Para intervir sobre a proposta 802-C, de aditamento de um artigo 12.º-A — Financiamento de observatórios, tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do Chega, o Sr. Deputado Diogo Pacheco de Amorim.
Pausa. Temos um problema, porque o Sr. Deputado Diogo Pacheco de Amorim não está presente. Portanto,
passamos para uma nova proposta. Pausa. Na sequência desta, está a proposta 62-C, de aditamento de um artigo 14.º-A — Programa de distribuição
gratuita de bens de higiene pessoal feminina, do PAN, que também não está presente. Então, passamos para a apreciação da proposta 43-C, do PCP, de aditamento de um artigo 15.º-A —
Valorização do poder de compra dos trabalhadores da Administração Pública. Terá a palavra, pelo Grupo Parlamentar do PCP, a Sr.ª Deputada Paula Santos e depois, pelo Grupo Parlamentar do PS, o Sr. Deputado Pedro Cegonho.
Tem, então, a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos, do Grupo Parlamentar do PCP, para apresentar a proposta 43-C, de aditamento de um artigo 15.º-A.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, aumentar os
salários 15 %, ou seja, no mínimo 150 €, é o que se exige. É uma questão de emergência nacional. O custo de vida aumenta, a habitação aumenta, e só o salário não acompanha esse aumento.
O PS gaba-se do excedente orçamental. Isso quer dizer que há recursos para recuperar e valorizar o poder de compra dos trabalhadores. Mas porque não o faz? O que é que o impede de valorizar verdadeiramente os salários, que é uma condição para a valorização dos trabalhadores, para combater a pobreza e para dinamizar a economia? Porque opta por atribuir novas benesses aos grupos económicos, em vez de valorizar efetivamente os salários?
Atualizar os salários 3 %, como decidiu o Governo do PS, significa empurrar os trabalhadores para o empobrecimento. É isto que está neste Orçamento que o PS e alguns partidos de direita consideram dever ser aprovado.
Mas aquilo que é preciso é aumentar os salários, recuperar o poder de compra, aumentar o subsídio de refeição para 10,50 €, revogar o SIADAP (Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública) — que mais não é do que um obstáculo à progressão nas carreiras —, combater a precariedade e valorizar as carreiras, repondo, revendo e criando novas carreiras, como propõe o PCP.
O PS, tal como o PSD, a Iniciativa Liberal e o Chega, prefere continuar amarrado aos ditames da União Europeia, que condicionam o País, ou prefere valorizar o salário dos trabalhadores, reforçar os seus direitos e assegurar serviços públicos de qualidade para as populações?
Esta é a opção que está em cima da mesa. Há todas as condições para emendar a mão e efetivamente recuperar e valorizar o poder de compra dos trabalhadores da Administração Pública e do setor público empresarial.
Avançamos, hoje, com soluções concretas e necessárias, demonstrando que é possível uma política alternativa que eleva as condições de vida. Quem nos acompanha?
Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção, pelo Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr.
Deputado Pedro Cegonho. O Sr. Pedro Cegonho (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
não nos podemos esquecer de que este é mais um Orçamento do Estado que vem cumprir um acordo com os