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24 DE NOVEMBRO DE 2023

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Por isso mesmo, neste Orçamento, o PAN quer reforçar os seus direitos laborais e criar um projeto-piloto de licença menstrual que estude a viabilidade desta medida, que já foi adotada, com sucesso, na vizinha Espanha, no Japão, na Coreia do Sul e em Taiwan.

Estes são apenas alguns números da desigualdade de género. Já que nos aproximamos do dia 25 de novembro,… O Sr. Bruno Nunes (CH): — O dia da liberdade! A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — … o dia da eliminação de todas as formas de violência e discriminação

contra as mulheres, aquilo que esperamos, no mínimo, é que as demais forças políticas nos acompanhem, em particular as do espetro democrático e as defensoras dos direitos das mulheres.

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Mas os antidemocráticos estão connosco na Sala?! O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos então para o debate da proposta 1329-C, do Bloco de Esquerda,

de aditamento de um artigo 15.º-A — Aumento dos vencimentos dos trabalhadores da Administração Pública e do setor empresarial do Estado.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Soeiro, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente. Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, a

função pública continua a ter aumentos salariais mais baixos do que o setor privado. A inflação continua a pesar nos salários, nomeadamente nos da Administração Pública, e as perdas acumuladas não foram compensadas ainda, nem são compensadas pelo Partido Socialista e por este Orçamento.

Houve cerca de 20 % de perda na última década. Nos últimos dois anos, para algumas categorias, houve cerca de 8 % de perda real, e são mais penalizados os trabalhadores do meio da tabela. Trabalhadores como informáticos, educadores, pessoal da inspeção, professores, investigadores, profissionais de saúde e dirigentes intermédios são os que mais perdem.

O Bloco propõe um aumento de 15 % para os trabalhadores da Administração Pública em 2024, com um patamar mínimo de 140 €, sempre que aquela percentagem seja inferior aos 15 %.

Propomos também repor os 25 dias de férias, pondo fim a uma herança do tempo em que a direita governava, durante o qual roubou três dias de férias aos trabalhadores.

Propomos ainda um programa de regularização de precários na Administração Pública e no setor empresarial do Estado. Já o fizemos no passado, com o PREVPAP (Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública), mas o problema é que o Governo, depois desse programa, não mudou o padrão. O combate à precariedade não deve ser apenas um slogan, tem de ser uma prática política concreta, e é isso que nós queremos também neste Orçamento.

Aplausos do BE. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Sobre esta mesma matéria, tem a palavra o Governo, mais concretamente,

a Sr.ª Secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, para uma intervenção. A Sr.ª Secretária de Estado da Administração Pública (Inês Ramires): — Sr. Presidente, o Governo

considerou que este era o tempo e o lugar para dar à concertação social o seu espaço, e foi nessa sede que conseguimos avanços muitíssimo significativos para todos os trabalhadores da Administração Pública. Celebrámos um acordo plurianual, mas, nestes dois anos de concretização, temos ido sempre para além do que está no acordo.

Por isso, o aumento não foi só de 3 %; foi de 3 % no topo. Na base, temos tido aumentos superiores. Este ano, por exemplo, tivemos um aumento de 6,8 % na base e um aumento médio de 5,4 % nos salários, isto enquanto falamos de uma estimativa de inflação de 4,6 %. Se compararmos 2023 com 2024, vamos ter um assistente operacional a entrar na primeira posição com um aumento de 6,8 % e um assistente técnico com um