O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 DE NOVEMBRO DE 2023

41

Aplausos do PSD. Sr.as e Srs. Deputados, a proposta que o PSD traz é nada mais, nada menos do que cumprir a lei. É também

uma questão de justiça: há 14 anos que estão por rever várias carreiras e corpos especiais, e essas revisões ainda não viram a luz do dia. Os senhores tiveram oito anos para resolver este problema — repito, oito anos! Não existe nenhuma justificação para o contínuo protelamento desta situação, que configura uma violação da lei, uma violação do princípio da confiança, do princípio da boa-fé e do princípio da legalidade.

Quanto à confiança, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, os portugueses já há muito que perderam essa mesma confiança no Partido Socialista.

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos, agora, ao debate da proposta 485-C, do PSD, de aditamento

de um artigo 19.º-A — Redução das custas processuais. Para intervir, pelo Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mónica Quintela. A Sr.ª Mónica Quintela (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a justiça

não foi uma prioridade da governação dos últimos oito anos, e isso é claro. Talvez hoje o PS perceba bem o erro clamoroso que foi o de desinvestir na justiça.

A justiça é o coração do Estado de direito democrático, mas o que este Governo tem feito é afastar, cada vez mais, o cidadão do acesso à justiça. As taxas de justiça e as custas processuais são exorbitantes e totalmente desfasadas do País empobrecido que temos.

O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — Muito bem! A Sr.ª Mónica Quintela (PSD): — A esmagadora maioria das pessoas não tem possibilidades económicas

que lhes permitam suportar as custas judiciais e também não consegue aceder ao benefício do acesso ao direito, porque só aqueles que são muito, muito pobres é que são abrangidos pelo apoio judiciário.

Na última audição da Sr.ª Ministra da Justiça, que esperemos que seja mesmo a última, ficou claro que o Governo não só não ia cumprir a promessa eleitoral de baixar as custas, mas — pasmem-se! — ainda as ia subir.

O PSD é frontalmente contra esta violenta machadada no direito inalienável do acesso à justiça e apresentou propostas de alteração ao Orçamento do Estado para que as custas judiciais sejam todas elas reduzidas, bem como para que seja revisto o regime de acesso ao direito e aos tribunais, de modo a abranger o universo de pessoas que dele carecem.

Deve, igualmente, ser revista, no âmbito do acesso ao direito, a tabela de honorários dos advogados e solicitadores, que não é revista desde 2004, portanto, quase há 20 anos.

Fundamental é também dotar o sistema de justiça do número de funcionários judiciais necessários. Faltam mais de 1000 funcionários nos tribunais e DIAP, e o concurso que a Sr.ª Ministra da Justiça abriu é uma gota no oceano para as necessidades reais dos tribunais — só este ano, vão-se reformar mais de 259 funcionários judiciais.

Ainda ontem foi publicado o inquérito às condições de vida e de trabalho dos funcionários judiciais, e o resultado é extraordinariamente preocupante. Impõe-se, por isso, a abertura de concursos para a admissão dos funcionários suficientes e necessários, para que a justiça possa servir os cidadãos, e esta é, também, mais uma das propostas do PSD.

Exorto o PS a aprovar estas três medidas, que são fundamentais, para que se faça justiça. Aplausos do PSD. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Vamos iniciar o debate da proposta 45-C, de aditamento de um artigo 20.º-

A — Contabilização integral de todo o tempo de serviço das carreiras e corpos especiais. Para intervir, pelo Grupo Parlamentar do PCP, tem a palavra o Sr. Deputado Alfredo Maia.