I SÉRIE — NÚMERO 20
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Naturalmente, com a situação atual, foram suspensas as negociações, mas este suplemento não pode ser retirado de todo o conjunto que estava em discussão.
Aplausos do PS. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Sr. Secretário de Estado, V. Ex.ª tem um pedido de esclarecimento do Sr.
Deputado Pedro Filipe Soares, a quem dou a palavra. O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, o ano 2023 era o ano dos
oficiais de justiça — palavras do Governo. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — É verdade! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Agora, disse-nos que já não será, que será mais à frente. O que nós propomos é que se faça hoje o mínimo de justiça aos oficiais de justiça e se cumpra até o
desmantelar da injustiça que o Governo reconhece. A pergunta ao PS é a de saber se vai deixar para amanhã aquilo que pode fazer hoje. Aplausos do BE. O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto e da
Justiça, Jorge Costa. O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Justiça: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, a resposta é curta: a
promessa do Governo era a de fazer a revisão do estatuto até ao final de 2023, mas o Sr. Deputado sabe muito bem quais são as atuais circunstâncias políticas.
Aplausos do PS. O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Ai, é?! O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos, então, à apreciação da proposta 862-C, de aditamento de um
artigo 17.º-A — Carreiras e corpos especiais. Pelo Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sofia Matos, para intervir. A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
durante os últimos anos, enquanto o PSD alertou para os vários estrangulamentos nos serviços públicos da Administração Pública, para a falta de acessibilidade dos cidadãos à Administração Pública, para a falta de capacidade da Administração Pública em atender, em tempo útil, aos problemas das pessoas e das empresas, para a falta de motivação dos seus trabalhadores, o seu envelhecimento, a desqualificação, houve uma total ausência de capacidade da Administração Pública e do Governo para a tornar mais competitiva e mais capaz de atrair os melhores.
Aplausos do PSD. Nessa altura, o PS anunciava, com pompa e circunstância, um acordo plurianual de suposta valorização de
trabalhadores, que nunca almejou verdadeiramente responder aos problemas da Administração Pública. O PSD perguntava à tutela: então, mas porquê definir um acordo plurianual, quando podiam resolver já os
problemas dos trabalhadores da Administração Pública? Nunca nos foi dada uma resposta cabal. Mas, Sr.as e Srs. Deputados, a três meses das eleições legislativas, já não tiveram dúvidas: afinal, o que era para amanhã, bem se podia fazer hoje.