I SÉRIE — NÚMERO 22
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empresas ou até mesmo a melhoria do regime das stock options, a inclusão da medida das gratificações de
balanço em IRS, a possibilidade de conceder benefícios fiscais àquilo que é chamar as empresas a colaborarem
no domínio da habitação dos seus trabalhadores.
Mas, quando olhamos para aquilo que é a fiscalidade das empresas, temos de ter consciência do sistema
que temos neste domínio. Temos um sistema que é constituído por um conjunto de benefícios fiscais que visam
operar aquilo que é uma redução seletiva do IRC, uma redução do imposto para quem mais investe, uma
redução do imposto para quem mais contribui para a investigação e desenvolvimento, uma redução do imposto
para quem mais contribui para aquilo que é a valorização salarial.
Sim, esse é o compromisso que foi assumido do ponto de vista eleitoral, é o que está espelhado no Programa
do Governo e é o que se apresenta também a esta Assembleia nesta proposta de lei de Orçamento do Estado
para 2024. E é por isso que, ainda recentemente, quando a OCDE publicou as suas estatísticas sobre a
tributação empresarial, vimos que somos um dos países com os maiores incentivos fiscais à investigação e
desenvolvimento, o que se traduz em valor acrescentado naquilo que as nossas empresas produzem, o que se
traduz em exportações, mas também se traduz naquilo que é uma taxa marginal efetiva apurada pela OCDE de
17 %, o que compara de forma muito competitiva com aqueles que são os nossos parceiros, designadamente
com a nossa vizinha Espanha. Este é o nosso compromisso.
Aplausos do PS.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Está a ver? É o resultado das borlas fiscais!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ainda se gabam!
Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Augusto Santos Silva.
O Sr. Presidente: — Agora sobre o artigo 159.º — Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosas de Imóveis, tem a palavra a Sr.ª Deputada Rosina Pereira, do Grupo Parlamentar
do PSD.
A Sr.ª Rosina Ribeiro Pereira (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo,
vivemos numa sociedade onde a esperança de ter uma casa própria simplesmente não existe e onde, em
particular, a geração mais bem preparada é recebida com portas trancadas e oportunidades que nunca existiram.
Por isso, pergunto: onde está a promessa de futuro tantas vezes anunciada pelo PS? E onde está a igualdade
de oportunidades, quando a habitação é um privilégio reservado a poucos?
A inércia deste Governo e das suas questionáveis políticas é um insulto à nossa geração, uma inércia que
se transformou até em sabotagem, como aconteceu em Lisboa, quando o PS chegou a votar contra a isenção
de IMT para jovens com menos de 35 anos. Isto só prova que, quando o PS ganha, não faz, mas, quando o PS
perde, também não quer que ninguém faça.
Aplausos do PSD.
E é por isso que o PSD apresenta as propostas de isenção de imposto do selo e IMT na compra da primeira
habitação própria e permanente, porque, antes de saber fazer, soubemos sempre ouvir.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Ainda sobre o mesmo artigo, tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.
A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sr.as Deputadas, é absolutamente urgente
combater as várias formas de especulação imobiliária no nosso País. Por isso, e também para proteger a