O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 22

48

empresas ou até mesmo a melhoria do regime das stock options, a inclusão da medida das gratificações de

balanço em IRS, a possibilidade de conceder benefícios fiscais àquilo que é chamar as empresas a colaborarem

no domínio da habitação dos seus trabalhadores.

Mas, quando olhamos para aquilo que é a fiscalidade das empresas, temos de ter consciência do sistema

que temos neste domínio. Temos um sistema que é constituído por um conjunto de benefícios fiscais que visam

operar aquilo que é uma redução seletiva do IRC, uma redução do imposto para quem mais investe, uma

redução do imposto para quem mais contribui para a investigação e desenvolvimento, uma redução do imposto

para quem mais contribui para aquilo que é a valorização salarial.

Sim, esse é o compromisso que foi assumido do ponto de vista eleitoral, é o que está espelhado no Programa

do Governo e é o que se apresenta também a esta Assembleia nesta proposta de lei de Orçamento do Estado

para 2024. E é por isso que, ainda recentemente, quando a OCDE publicou as suas estatísticas sobre a

tributação empresarial, vimos que somos um dos países com os maiores incentivos fiscais à investigação e

desenvolvimento, o que se traduz em valor acrescentado naquilo que as nossas empresas produzem, o que se

traduz em exportações, mas também se traduz naquilo que é uma taxa marginal efetiva apurada pela OCDE de

17 %, o que compara de forma muito competitiva com aqueles que são os nossos parceiros, designadamente

com a nossa vizinha Espanha. Este é o nosso compromisso.

Aplausos do PS.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Está a ver? É o resultado das borlas fiscais!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ainda se gabam!

Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Augusto Santos Silva.

O Sr. Presidente: — Agora sobre o artigo 159.º — Alteração ao Código do Imposto Municipal sobre as

Transmissões Onerosas de Imóveis, tem a palavra a Sr.ª Deputada Rosina Pereira, do Grupo Parlamentar

do PSD.

A Sr.ª Rosina Ribeiro Pereira (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo,

vivemos numa sociedade onde a esperança de ter uma casa própria simplesmente não existe e onde, em

particular, a geração mais bem preparada é recebida com portas trancadas e oportunidades que nunca existiram.

Por isso, pergunto: onde está a promessa de futuro tantas vezes anunciada pelo PS? E onde está a igualdade

de oportunidades, quando a habitação é um privilégio reservado a poucos?

A inércia deste Governo e das suas questionáveis políticas é um insulto à nossa geração, uma inércia que

se transformou até em sabotagem, como aconteceu em Lisboa, quando o PS chegou a votar contra a isenção

de IMT para jovens com menos de 35 anos. Isto só prova que, quando o PS ganha, não faz, mas, quando o PS

perde, também não quer que ninguém faça.

Aplausos do PSD.

E é por isso que o PSD apresenta as propostas de isenção de imposto do selo e IMT na compra da primeira

habitação própria e permanente, porque, antes de saber fazer, soubemos sempre ouvir.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Ainda sobre o mesmo artigo, tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do

Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sr.as Deputadas, é absolutamente urgente

combater as várias formas de especulação imobiliária no nosso País. Por isso, e também para proteger a