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17 DE MARÇO DE 1978

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examinado por um grupo de trabalho formado por gestores e técnicos das duas empresas públicas Ferro-minas e Siderurgia Nacional (SN), assim como, sob uma óptica de optimização do leito de fusão para os altos-fornoS pela Hoogovens, siderurgia holandesa, consultora da Siderurgia Nacional nestas matérias.

3 — Dos relatónos apresentados, complementados com a discussão e trabalho de análise global subsequentemente realizados na Secretaria de Estado da Energia e Minas, ressalta que a solução a considerar deverá ter em sorte o seguinte enquadramento geral do problema:

a) Na fase actual do projecto de Moncorvo, e em grande parte resultante da heterogeneidade do jazigo e suas dificuldades intrínsecas, existem ainda indeterminações importantes sobre aspectos fundamentais da qualidade do concentrado que é possível obter (muito especialmente no referente à sua composição granu-lométrica e de teor em fósforo), apesar dos diversos ensaios às escalas laboratorial e piloto já realizados e ainda em curso.

Assim, a fim de não prejudicar o aproveitamento de todas as potencialidades deste recurso nacional, é essencial que a solução a adoptar confira ao projecto de Moncorvo:

Uma configuração dotada da máxima maleabilidade tecnológica e permitindo defender a rentabilidade do empreendimento, mesmo em eventuais situações iniciais adversas;

Um dimensionamento das instalações compatível com a exploração rentável das extensas reservas conhecidas e não limitado ab initio por dificuldades que, embora justificadamente, se antecipe virem a seguir.

Embora com prudência, é essencial que se arrisque algo na concretização do aproveitamento deste importante recurso mineiro, sem o que nos arriscamos a eternizar a fase de ensaios e estudos sem sequência industrial;

b) O leito de fusão dos altos-fornos deve procurar aproximar-se o mais possível de uma mistura auto-fundente de sinter+peletes.

Os benefícios resultantes desta orientação relativamente a outras alternativas (utilização de aglomerados ácidos com adição de calcário no alto-forno) cifram-se numa redução de —25 kg de coque/tonelada de gusa, equivalente, só para a fase i do PSN, a uma economia directa de divisas superior a 120 000 contos/ano e

ainda a um aumento de produtividade do alto-forno de 5%/10%.

Dado que o concentrado de Moncorvo é peletizáveí mas não sinterizável, a produção de sinter implica necessariamente importação de minério e, portanto, a mistura referida deverá conter predominantemente peletes.

4 — Destas considerações de base resulta concretamente que:

Independentemente da localização geográfica que se decidir como mais adequada, as instalações de peletização devem fazer parte integrante do projecto de Moncorvo, que, assim, terá como objectivo o fornecimento de peletes au-tofundentes à SN, ficando assim a cargo da Ferrominas incorporar a máxima tonelagem de concentrado de Moncorvo tecnicamente viável e economicamente rentável. O importante valor acrescentado da operação de peletização beneficiará assim directamente o empreendimento de Moncorvo e não o PSN.

A aglomeração de minérios, poeiras, retornos e detritos, indispensável para apoio da laboração das instalações siderúrgicas, deve ser feita por peletização e não por sinterização, devendo portanto evitar-se investimentos em instalações deste último tipo.

As instalações de peletização, e particularmente a primeira, deve ter a capacidade mínima de 1,5X106 t/ano —mínimo rentável e com escoamento garantido pelas necessidades do PSN—, mesmo que, seja por razões da Ferrominas ou da SN, se prevejam dificuldades em produzir e utilizar inioialmente tal tonelagem de concentrado de Moncorvo.

Concluído, assim, que a solução interessante corresponde à produção, por parte da Ferrominas, de peletes autofundentes a um nível mínimo de 1,5X 106 t/ano e incorporando um máximo de concentrado de Moncorvo, resta decidir a localização geográfica mais adequada para as instalações de peletização, considerando pelo menos as fases I e II do PSN.

5 — Após análise de um grande leque de soluções possíveis, o grupo de trabalho Ferrominas-SN e a Hoogovens, trabalhando separadamente e com um intervalo de — 2 meses, seleccionaram as seguintes alternativas de configuração geográfica para comparação quantitativa:

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