O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1854-(66)

II SÉRIE — NÚMERO 78

Anexa-se relação dos estudos e obras desenvolvidos pela EPAL até ao final do ano transacto;

b) A análise estatística relativa aos efeitos das

cheias sobre o funcionamento das captações, desde que foram estabelecidas, não levava a considerar evidente a necessidade de modificar as disposições tomadas.

Por outro lado, as medidas concretas, já pormenorizadamente indicadas, no sentido de reduzir substancialmente a dependência actual relativamente ao rio Tejo, apontam para uma próxima efectivação dessa redução, em 1982, com a entrada em funcionamento nessa data da adução Zêzere.

Por outro lado, ainda, a situação do sistema de abastecimento, acusando, em 1974, deficiência quantitativa muito grave, obrigou a EPAL a um esforço intenso no que toca à eliminação dessa deficiência e ao lançamento da adução Castelo de Bode, esforço que já implicou o investimento de cerca de 2 milhões de contos desde 1974.

Considera-se que não seria nas condições apontadas que poderia encontrar-se justificação para modificar as disposições já tomadas relativamente à protecção das captações existentes contra os efeitos das cheias do Tejo;

c) Não é possível afirmar que todo e qualquer

colapso do actual sistema de abastecimento de água (assente essencialmente em captações de água no Tejo ou nas suas aluviões marginais) poderia ter sido (ou poderá vir a ser) evitado. Na realidade, qualquer obra hidráulica que deva ter em conta o fenómeno das cheias é projectada para uma cheia com determinada probabilidade de ocorrência. Há sempre, portanto, possibilidade de colapso quando de cheias com maior caudal e, portanto, com probabilidade de ocorrência inferior à da cheia que serviu de base ao dimensionamento das obras ou protecções. Os poços de captação — cerca de cinquenta, dos quais apenas metade é dotada de grupos moto — bomba submersíveis — estão dotados de disposições de defesa contra cheias que se mostraram suficientes no período de 1937-1979. Na cheia de Fevereiro último os níveis impeditivos, que não haviam sido ultrapassados antes, foram excedidos, no mínimo, em cerca de 0,40 m.

Questão 5):

a), b) e c) A EPAL, após ter constatado a ocorrência do início de uma cheia no Tejo, entrou em contacto directo com a secção de Santarém da Direcção Hidráulica do Tejo, da qual passou a obter com muita frequência informações sobre níveis de cheia e caudais descarregados das albufeiras.

Essas informações foram utilizadas para a tomada de decisões relativas à retirada

de pessoal e algum material e, sobretudo, na reposição das captações.

A Direcção Hidráulica do Tejo forneceu indicações hora a hora do caudal e altura hidrométrica das águas durante todo o período de cheia.

Questão 6):

No quadro n.° 1 fornecem-se os valores dos caudais máximos calculados e das alturas hidrométricas correspondentes registadas no posto limnigráfico de Abrantes nos anos de 1944, 1950 a 1965, 1970 e 1975 a 1978.

No quadro n.° 2 figuram as albufeiras construídas na bacia hidrográfica do rio Tejo, com capacidade total igual ou superior a 1,0X XI O9 m3.

Questão 7):

a), b) A estação de Valada entrou em serviço no ano de 1963, durante o período da concessão do abastecimento à Companhia das Águas de Lisboa. Não foi, pois, a EPAL que concebeu, executou ou aprovou o seu projecto.

Pode admitir-se que, para os projectistas, foi considerada suficiente a protecção existente na margem do Tejo em Valada.

Convém ainda referir que o dique na zona adjacente à estação de captação não foi galgado na presente cheia. Pelas informações de que dispomos, o nível das águas na ponta de cheia ficou a uma distância de cerca de 20 cm do coroamento do dique. A estação de captação de Valada-Tejo viu inundada a casa das bombas apenas quando do colapso do dique ocorrido a montante da captação.

Questão 8):

Admite-se que a causa do rebentamento do secular dique de Valada tenha sido a existência, nas duas zonas em que rebentou, de buracos ou locas feitas por coelhos e raposas que, devido à vegetação rasteira, não puderam ser detectadas, e, fundamentalmente, ao seu galgamento devido ao desnivelamento do seu coroamento, provocado por assentamentos.

Questão 9):

a) A fiscalização do estado dos adutores é feita diariamente por observação exterior dos terrenos onde eles se implantam.

Interiormente, e dada a não execução pela anterior concessionária (a CAL) das Obras previstas nos planos gerais aprovados superiormente, não tem, por ora, a EPAL possibilidade de interromper o funcionamento dos órgãos adutores.

Registe — se, no entanto, que sempre que a interrupção do funcionamento é possível são feitas vistorias e tomadas medidas de carácter preventivo consoante as situações aconselham e permitem;