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1996

II SÉRIE — NÚMERO 58

Ainda de acordo com as nossas fontes, o governo de Ronald Reagan 'não confirma nem desmente' o documento em causa, tendo altos funcionários norte--americanos acrescentado, a propósito, que 'os EUA nunca procederiam à instalação das referidas armas nucleares sem primeiramente consultarem os Governos dos países em causa'.

As cargas nucleares B-57 têm 5 m de comprimento, pesam cerca de 200 kg e a sua potência é ligeiramente inferior à bomba lançada pelos EUA em Hiroshima. Foram criadas com o propósito de atacar submarinos e barcos, pelo que a> sua acção se desenvolve debaixo de água, como um míssil submarino.»

De O Jornal

«Sem o conhecimento do Estado Português.— Washington pretende colocar armas nucleares nos Açores. — Os Estados Unidos possuem um plano secreto, elaborado há 10 anos pelo Pentágono, com vista à instalação de armas nucleares, nos casos de emergência, era vários países aliados, entre os quais se conta Portugal. Este projecto não foi até hoje discutido com os Governos dos países que constam do plano secreto norte-americano,

A informação, divulgada ontem nos EUA e não desmentida pela administração Reagan, foi veiculada hoje pelos jornais espanhóis El País e Ya. Também a cadeia de televisão norte-americana ABC deu grande destaque a esta notícia publicada em primeira mão pelo conceituado The New York Times. De acordo com as Informações trazidas à opinião pública, o Pentágono tem autorização do presidente Reagan para que possa determinar a colocação de ogivas nucleares nos territórios dos Açores, Espanha, Canadá, Islândia, Porto Rico, Filipinas, Bermudas e na ilha inglesa de Diego.

Informações posteriores indicam que o projecto elaborado por William M. Arkin, director do projecto de invescigação de armas nucleares do Instituto para os Estudos Políticos da capital federal neste plano, nem foram com eles discutidas quaisquer questões que se prendem com o assunto. Esta notícia é também confirmada hoje pelo Washington Post. Instado pela imprensa norte-americana a comentar as anrmações produzidas pelos dois jornais, o porta-voz da Secretaria de Estado, Bernard Kalb, limitou-se a declarar que os Estados Unidos não comentam os seus planos de emergência, e, tal qual a política de Washington, a Secretaria de Estado 'não confirma nem desmente a presença de armas nucleares'.

O Washington Post assinala que as revelações de Arkin, director do Instituto para os Estudos Políticos da capital federal, criaram uma agitação política que deixou os Estados Unidos numa posição pouco confortável, visto 'os planos não terem sido previamente discutidos com os Governos dos países afectados'. As armas nucleares mencionadas por Arkin consistem fundamentalmente em cargas de profundidade lançadas por aviões P-3 Orion directamente contra submarinos mimigos ou para bloquear as rotas marítimas que estes utilizem. Funcionários da administração Reagan contactados pelo The New York Times afirmaram que a utilização destas armas nucleares implicaria, na verdade, autorização antecipada dos Governos dos países constantes do plano norte-americano. Por seu turno, o Washington Post assegura que o Primeiro-Ministro da Islândia exigiu já uma explicação ao Governo Norte-Americano, enquanto o Mi-

nistro dos Negócios Estrangeiros daquele país considera que os planos 'são uma clara violação' do tratado defensivo entre os dois países.

Também o Governo Espanhol já hoje reagiu violentamente. O porta-voz do Ministério dos Estrangeiros recordou à agência EFE que o Parlamento espanhol aprovou em 29 de Outubro de 1981, meses antes da entrada da Espanha na NATO, uma resolução em que se declara o país 'território desnuclearizado'. Nos termos da resolução, ratificada posteriormente pelo actual executivo 'o Governo não aceitará nenhum compromisso que implique o armazenamento ou instalação de armas nucleares da Aliança Atlântica em território espanhol*.

Contactado esta manhã pelo Diário de Lisboa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através do seu porta-voz, disse que por enquanto o Palácio das Necessidades não tinha comentários a fazer ao assunto.»

Do Diário de Lisboa

Requeríniento n.* 883/111 (2.*)

Ex.™0 Sr. Presidente da Assembleia da República:

Um alimento na estrada de acesso a Bucelas, perto da Quinta da Cachada, verificado no passado domingo, dia 10 de Fevereiro, originou um grave acidente de que resultou a morte de um automobilista.

A GNR foi avisada da ocorrência por parte dos Bombeiros Voluntários de Bucelas e procurou junto da Junta Autónoma de Estradas uma rápida resposta para obviar à grave situação.

Os moradores de Bucelas receiam que, caso a Junta Autónoma de Estradas não sinalize devidamente o local e não proceda a obras urgentes, se voltem a repetir novos acidentes.

Nestes termos, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, requer-se ao Governo, através do Ministério do Equipamento Social, as seguintes informações:

a) Em que data e hora tomou a Junta Autónoma de Estradas conhecimento do aluimento na referida estrada?

b) Que medidas tomou para sinalizar a área?

c) Quando vai iniciar as respectivas obras?

Assembleia da República, 15 de Fevereiro de 1985. —Os Deputados do PCP: Anselmo Aníbal — Francisco Manuel Fernandes — Jerónimo de Sousa.

Requerimento n.* 884/111 (2.')

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República:

O Hotel Sintra-Estoril, pertencente ao Grupo Pará, Matur, Inter-Hotel, deve vários milhares de contos de salários em atraso aos 150 trabalhadores, relativos aos meses de Maio, Junho, Agosto, Setembro e subsídio de férias de 1983 e parte dos salários desde 1 de Abril de 1984 até 11 de Fevereiro de 1985. Do salário de janeiro de 1985 nada foi feito.