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II SÉRIE — NÚMERO 92

De então para cá a clássica visão de um Algarve sem interesse monumental tem servido de cobertura à persistente destruição do seu património edificado em nome da desajustada concepção de desenvolvimento turístico e económico.

£ assim, além de se destruir a memória viva e a identidade cultural de um povo, hipoteca-se seriamente a própria viabilidade turística e portanto o futuro económico-social da região.

Estas considerações traduzem fielmente a saudável preocupação do Conselho Superior Regional da Casa do Algarve no intuito de ajudar a resolver os mais candentes problemas que se levantam em torno da defesa do património constituído no Algarve.

Porque como algarvio e deputado perfilho inteiramente essas legítimas e pertinentes preocupações, soli-

cito ao Ministro da Cultura a urgência de se proceder ao inventário do património arquitectónico do Algarve. Solicito ainda que seja preservada a quinta de recreio do século xviii (Quinta do Rio Seco) na estrada nacional n.° 125 entre Faro e Olhão.

Trata-se, como é do conhecimento público, de uma quinta organizada como moda algarvia, em que sobressaem elementos decorativos de massa típicos do artesanato da região desde pelo menos o século xvi e executados com evidentes sinais de aculturação erudita, ao gosto rocaille, da segunda metade do século xvui, e que a Junta Autónoma de Estradas pretende sacrificar para correcção da estrada nacional n.° 125.

Assembleia da República, 19 de Abril de 1985.— O Deputado do PSD, Guerreiro Norte.

PREÇO DESTE NÚMERO 66$00

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