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II SÉRIE - NÚMERO 93

Achamos que levantar aqui a questão das verbas militares é importante porque, segundo o articulado da petição que teve o apoio da Juventude Socialista e da Juventude Social-Democrata, há que racionalizar a atribuição das verbas para a defesa no Orçamento do Estado. E há que racionalizá-las, atribuindo uma maior importância a actividade como a educação e a saúde.

Parece-nos que, falando de verbas para a educação, há que referir estes pontos, há que referir concretamente os pontos que são os buracos do Orçamento do Estado.

Muito mais haveria para dizer; no entanto gostava de lamentar que aqui haja muito pouco de fluidez de debate. Entendo que se não há essa fluidez é porque as pessoas trazem a cábula de casa, cábula essa que pode ter o texto muito cuidadosamente preparado e muitas vezes, devo dizer, brilhante — como reconheço ter sido o caso do texto que a Fernanda apresentou ou da alocução que o Mário proferiu sobre educação. •>

Apesar de achar isso brilhante, não me parece que esse modo de para aqui trazer as questões permita um mais adequado fluir do debate, sobretudo porque este último é o confronto de ideias e quando estas são codificadas em papel tornam-se muito claras, muito transparentes, pouco eficazes para a discussão. Talvez a maior liberdade de fluição e circulação de ideias a partir daquilo que pensamos, das ideias que temos e da reflexão que somos capazes de construir tivesse muito mais interesse e se revelasse muito mais positivo para nós aqui também darmos um exemplo diferente, nomeadamente aos Srs. Deputados. Devo dizer que a referência à deputada do PS não quer dizer que façamos nenhumas tenções de vir ocupar um lugar ali ao lado, na Câmara dos Deputados!... Repito isto só a título pessoal, porque muitas vezes é capaz de haver ideias bizarras noutras cabeças ...

Risos.

Gostava de dizer que se deve adoptar maior liberdade de discussão, não devendo tal liberdade ser armadilhada, seja em cábulas, seja em papéis, pois, independentemente de as ideias estarem lá bem ou mal sistematizadas, elas cerceiam bastante a livre discussão.

Aplausos.

O Sr. Presidente: — A Mesa está confrontada com um pequeno problema que eu penso ser de resolução simples.

São, neste momento, 12 horas e 55 minutos. Tínhamos previsto o encerramento dos nossos trabalhos para as 13 horas. De qualquer maneira, em relação à primeira fase das intervenções, havia ainda dois oradores inscritos, respectivamente a Sr.a Deputada Luísa Cachado, do PCP, e o Paulo Mil-Homens, da ALOOC.

Colocaria aos presentes o problema de se prolongar a sessão da parte da manhã, até ao fim das intervenções iniciais. Alerto desde já, porque me parece que há alguns participantes interessados em usar da palavra pela segunda vez ou em produzir intervenções no segundo período da sessão, da possibilidade que a Mesa está neste momento a estudar e pensa concretizar-se, de termos a segunda fase para debate even-

tualmente de 45 minutos a 1 hora, anulando com isso o intervalo da parte da tarde ou reduzindo-o ao mínimo possível, para que todo este debate, que nos parece estar a ter bastante interesse e produtividade, poder ser complementado com intervenções mais acaloradas e certamente também com bastante importância.

Nesse sentido, presumo que nãó há obstáculos da parte dos presentes em continuarmos a sessão por mais 15 minutos. Pela ideia que tenho das intervenções que há ainda para fazer, seria cerca de 15 minutos para além do horário estipulado, findos os quais recomeçaríamos os nossos trabalhos às 15 horas com a discussão deste tema, com um tempo útil para segundas intervenções limitado a um período máximo de 5 minutos. Iniciaríamos depois por volta das 15 horas e 30 minutos ou 15 horas e 45 minutos o tema «Emprego e formação profissional».

Pausa.

O Sr. Paulo Mil-Homens (Associação Livre dos Objectores e Objectoras de Consciência): — Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Paulo Mil-Homens, peço-te desculpa, mas antes tenho ainda uma informação a dar.

Dentro de uma certa lógica, que a Mesa pretendeu imprimir, de rotatividade entre organizações políticas ou partidárias e não partidárias, tentámos fazer alguns acertos na ordem das inscrições em função das intervenções. Assim, pergunto ao PauJo Mil-Homens se, embora a Sr.a Deputada Luísa Cachado se tenha inscrito posteriormente a ele, não se importa de trocar a sua ordem de precedência com ela ou se faz questão de intervir desde já.

O Sr. PauEo Mil-Homens (Associação Livre dos Objectores e Objectoras de Consciência): — Não, Sr. Presidente. Em relação a isso não me importo nada. O que tinha a propor à Mesa, ou melhor, o que queria perguntar a todos os presentes era se não quereriam antes ir já almoçar e intervirem depois de almoço.

Por mim, não me importo nada de intervir após o almoço.

O Sr. Presidente: — Não, Paulo Mil-Homens. O que desejava era que interviesses ainda antes do almoço.

O Sr. PauSo Mil-Homens (ALOOC): —Por mim, não há obstáculos!

O Sr. Presidente: — Neste caso, tem a palavra a Sr.a Deputada Luísa Cachado.

A Sr.a Luísa Cachado (Comissão de Juventude da AR—PCP): — Permitam-me, antes de introduzir a minha participação nesta conferência, duas pequenas referências prévias.

Após as intervenções a que assisti, de ontem e de hoje —e ontem não estive presente durante todo o dia—, parece-me perfeitamente evidente que a degradação do sector educativo tem obtido um largo consenso dos participantes, e tal é algo estranho. Talvez esta mesma degradação, explicitada em muitas das intervenções, justifique aquilo que agora aparece