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27 DE MAIO DE 1985

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dantes, jovens autarcas e outras mais pessoas. Podíamos contribuir para isso, para que nessa excursão víssemos realmente como se pode combater, sem estar à espera do Estado central, o flagelo do desemprego em Portugal.

Aplausos.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.a Deputada Margarida Marques.

A Sr." Margarida Marques (Comissão de Juventude da Assembleia da Republica — PS): — Como já estamos no período previamente fixado para o intervalo, queria apenas sugerir ao Jorge Ferreira —que penso que não ouviu bem o que eu disse— que leia os projectos de lei n.03 508/III, 509/III, 510/111 e 511/ III, que estão ali em distribuição, porque nenhum deles fala em secretariados para a criação de empregos.

Penso que o Jorge Ferreira confundiu aquilo que eu disse com um outro projecto que fala na criação de um secretariado, mas que não tem nada a ver com a criação de empregos. Não tem a ver com um novo instituto, com reforçar o aparelho burocrático do Estado, mas, antes pelo contrário, com a nossa preocupação em impedir que a burocratização do aparelho do Estado impeça que em Portugal se faça informação e orientação profissional e escolar.

O que acontece neste momento é que existem duas estruturas nacionais —uma no Ministério da Educação, outra no Ministério do Trabalho, dependentes destes dois Ministérios — que, em vez de fazerem o trabalho de orientação profissional, são estruturas concorrentes e muitas vezes o trabalho de uma anula o trabalho de outra.

A nossa perspectiva ao apresentarmos este projecto é de coordenação para que se faça um trabalho de orientação e informação escolar e profissional.

Relativamente a uma questão que também aqui foi levantada, segundo a qual o desemprego não é um problema específico dos jovens, queria dizer que é evidente que o desemprego não é um problema específico dos jovens, mes não podemos esquecer a realidade de que dois terços dos desempregados sBo jovens e uma íarga percentagem são jovens que procuram o primeiro emprego.

De qualquer forma, é natural que nesta Conferência seja fundamentalmente abordado o problema do desemprego juvenil, porque esta é uma Conferência organizada pela Comissão Parlamentar de Juventude da Assembleia, que tem esses problemas como preocupação dominante.

Aproveitava ainda para referir que, por exemplo, um dos projectos que apresentámos acerca das iniciativas locais de emprego não se restringe ses jovens, mas é um projecto — como disse o António José Seguro e como eu própria tinha referido ma minha primeira intervenção — que tem também como preocupação dominante o desenvolvimento regional e que procura criar empregos para todos e não apenas para os jovens.

O Sr. IPresítaJe: — Não havendo mais inscrições, iríamos suspender os nossos trabalhos até às 18 horas e 15 minutos para a partir daí até às 19 horas e 45

minutos encetarmos a abordagem do terceiro tema, que tem a ver com a temática do ambiente. Está suspensa a reunião.

Eram 17 horas e 55 minutos.

O Sr. Presidente: — Srs. Conferencistas, está reaberta a reunião.

Eram 18 horas e 25 minutos.

O Sr. Presidente: — Vamos reiniciar os nossos trabalhos com o tema do ambiente, de forma a esgotarmos o painel sobre o desenvolvimento. Apelava desce já a todos os participantes que se quisessem inscrever sobre este tema a que o fizessem. Enquanto tomávamos nota das inscrições aproveitava para dar algumas informações, quer aos participantes quer às entidades convidadas.

Em primeiro lugar, hoje à noite, depois do fecho destes trabalhos às 19 horas e 45 minutos, haverá um jantar oferecido pela Assembleia da Republica, para o qual estão convidados não só os participantes nesta Conferência, como igualmente todas as entidades convidadas, nomeadamente os representantes das associações de estudantes que têm vindo a estar presentes ao longo destes trabalhos. Haverá no exterior da Assembleia 2 autocarros para assegurar o transporte de todas as pessoas.

Por outro lado —e esta era uma informação qu@ fornecia igualmente às entidades convidadas—, foi decidido reconhecer a essas entidades o mesmo estatuto dos participantes em termos de subsídios de deslocação e estadas.

Depois destas explicações, enquanto aguardamos novas inscrições, vou dar de imediato a palavra ao primeiro orador inscrito sobre este tema, para que os nossos trabalhos, que já estão algo atrasados, alo fiquem ainda mais prejudicados.

Tem a palavra o António Eloy, dos Amigos de Terra.

O Sr. António Eloy (Amigos da Terra — Associação Portuguesa de Ecologistas): —Como nota prévia embora efes não estejam cá, gostava de dizer que antes ecologista e divertido —o que aliás é, de certo modo, uma adjectivação pleonástica porque ser ecologista quer dizer pelo menos ser divertido, porque ser divertido é viver também ao ritmo da vida e das contradições que na vida todos os dias vamos atravessando— do que comunista e aborrecido.

Risos.

E como agora o tema do ambiente é de certo meão não só o tema em foco das actividades da nossa Associação, mas também o tema sobre o qual temos reaíszaác alguns trabalhos em concreto, talvez com o risco de vos aborrecer um pouco seja mais longo do «*ue das outras vezes.

Vou procurar apresentar aqui algumas árees em relação às quais a Associação Portuguesa de Ecologistas — Amigos da Terra tem realizado trabalhos, que vão desde a inventariação de problemas até à tentativa de problematização da sua resolução e igualmente algumas campanhas que temos procurado ievat a cabe.