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19 DE MARÇO DE 1986

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.ditemas de difícil solução à política económica: ou se expande aceleradamente a oferta monetaria para acomodar as necessidades financeiras do sector público administrativo sem prejudicar excessivamente o financiamento do sector produtivo, e nesse caso criar-se-ão riscos indesejáveis no que respeita ao objectivo de controle da inflação, ou se mantém uma política monetária consistente com a política de combate à inflação, e nesse caso há o risco de o défice do sector público administrativo absorver recursos que ficam a fazer falta para financiar o desenvolvimento do sector produtivo.

Por causa deste dilema, que irá prolongar-se ou até provavelmente agravar-se nos próximos anos, haverá quem argumente que teria sido preferível tentar obter reduções mais significativas nos défices das finanças

públicas. Todavia, pode objectar-se que, se isso tivesse sido feito em escala apreciável, teria sido por certo mais difícil assegurar o crescimento programado da actividade produtiva.

A documentação enviada pelo Governo à Assembleia da República mostra que é muito difícil avaliar se o défice orçamentado terá efeitos expansionistas ou contraccionistas sobre a actividade económica. O mais provável é que os efeitos do défice sobre a actividade económica sejam aproximadamente neutros. Se se viesse a registar um défice muito menor do que o que resultará da política orçamental proposta pelo Governo, contribuir-se-ia para atenuar dificuldades de financiamento que continuarão a ser sentidas no futuro. Em contrapartida, haverá o risco de se sacrificar uma parte do crescimento económico para 1986.

MAPA N.° 1

Contas nacionais do sector público administrativo

(Em mllhõos de contos)

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