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4 DE JUNHO DE 1986

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de substituição/expansão que, previsivelmente, por simples analogia com outras empresas papeleiras, teria grande probabilidade de vir a ser relativamente elevado; d) A empresa requereu, em Dezembro de 1985, o despedimento colectivo do seu pessoal, visando o seu encerramento e ulterior liquidação, e apresentou à SEEFP um estudo econó-mico-financeiro, após o que suspendeu a sua laboração fabril, desde 1 de Janeiro de 1986, suspensão que foi motivada por falta de matéria-prima devida ao corte de crédito, e consequentemente de fornecimento, por parte das fábricas de celulose e dos fornecedores de aparas. Em Março próximo passado o processo aberto com o requerimento acima referido ainda não tinha sido concluído.

informação, pelo que se dispensa de fazer qualquer referência. Sublinha-se apenas, para além de outros factores, o corte de crédito por parte dos fornecedores quer de celulose quer de aparas, levando à paragem da laboração desde Janeiro do corrente ano.

C) Outros esclarecimentos

Finalmente esclarece-se que o IAPMEI não dispõe de qualquer estudo sobre a empresa, pois nunca recebeu nenhum nem da gerência da empresa nem dos organismos do MTSS, os quais até à data também não solicitaram a este Instituto qualquer parecer relativo à mesma empresa.

IAPMEI. 11 de Abril de 1986.

3 — Do ponto de vista da situação económico-finan-ceira, através da observação dos quadros em anexo, complementados com informações verbais da empresa, constata-se:

a) Uma evolução crescente das vendas a preços correntes entre 14 % e 18 % no triénio 1982-1984, correspondendo em termos reais a eventual redução das quantidades vendidas, consequência, sobretudo, da quebra tendencial da procura pelos tipos de papel fabricado;

b) Um aumento substancial no mesmo período dos stocks de produtos acabados e em curso, os quais representavam, em 1984, cerca de 7 meses de vendas;

c) Um peso relevante dos encargos com o pessoal nos custos de exploração (dado tratar-se de um custo fixo e face ao insuficiente crescimento das vendas a preços correntes);

d) A sucessiva contabilização das amortizações e reintegrações do imobilizado abaixo dos máximos legais, visando, sobretudo, o não agravamento dos resultados (por esta via e ainda através dos referidos aumentos de stocks, foram conseguidos lucros contabilísticos em 1984);

é) Quanto à situação financeira, o excessivo peso dos stocks na estrutura do balanço, consequência da recessão da procura, o que, aliado à insuficiente contabilização de amortizações e reintegrações já citada, conduziu a um empolamento dos valores patrimoniais activos, em particular do fundo de maneio; ao mesmo tempo, traduz a existência de problemas ao nível da tesouraria (agravados pelas próprias dificuldades dos clientes), pela insuficiente liquidez e incapacidade de gerar fundos para fazer face ao passivo de curto prazo;

f) Entre o passivo de curto prazo destacam-se a rubrica «Fornecedores» (cerca de 11 700 contos em 1984), bem como a existência de empréstimos de sócios e seus familiares («Empréstimos de sócios» e «Outros empréstimos obtidos», num total de cerca de 15 500 contos em 1984).

6 — Não se dispõe de quaisquer elementos contabilísticos de 1985. Relativamente a esse ano, já foi descrita a situação geral da empresa noutro local desta

Anexo à Informação n.° 65/86-SATE Viúva Macieira & Filhos

Balanços comparados

(Em contos)

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