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8 DE OUTUBRO DE 1986

4089

ELECTRICIDADE DE PORTUGAL (EDP), E. P.

Assunto: Resposta ao requerimento n.° 1367/1V (l.a), do deputado José Seabra (PRD), sobre custos de produção por kilowatt/hora.

Nota

1 — O requerimento solicita informação sobre o custo de produção por kilowatt-hora em três centrais da EDP (Sines, Carregado e Aguieira), referido a 31 de Dezembro de 1985 e 31 de Março de 1986.

2 — O custo de produção numa central é composto por dois grupos de encargos, uns fixos e portanto independentes da produção efectiva da central e outros variáveis, dependentes da produção verificada.

A noção de custo unitário instantâneo carece de interpretação, pois sendo os custo:; fixos diferentes de zero, os custos unitários em época de não produção seriam infinitos.

É, portanto, normal definir apenas custos médios de produção referidos a um determinado lapso de tempo, o ano em particular, para que os custos unitários tenham algum significado.

3 — Convém ainda notar que o cálculo dos custos unitários fixos necessita de hipótese?; sobre a utilização futura da central, dado que os custos fixos serão a repartir por todos os kilowatts-hora produzidos.

4 — O custo total de produção deverá ainda contar a remuneração do capital investido, os encargos gerais da empresa e a provisão para grandes reparações ou substituição do equipamento, particularmente significativo nas centrais hidroeléctricas em que a vida útil do equipamento hidroeléctrico-mecânico (25 a 40 anos) é muito diferente da barragem (75 anos).

Acrescem ainda os encargos financeiros do stock de combustível na central, dependentes da política de stocks que for seguida.

5 — Feitos estes comentários, passaremos a quantificar os elementos pretendidos, sem inclusão dos custos referidos no número anterior, e não sem ainda referir que em 31 de Dezembro de 1985 a central de Sines se encontrava ainda em ensaios, não sendo portanto totalmente exacto falar-se em custos de produção.

6 — O custo total do investimento na central da Aguieira reavaliado e actualizado à data de entrada em serviço é de 41 520 milhares de contos.

A produção média anual é de 302 GWh, a que corresponde uma produção durante a vida útil da central actualizada à data de entrada em serviço de 3018 GWh.

O encargo por kilowatt-hora devido ao investimento é, portanto, de 13$757.

Os encargos de condução e conservação em 1985 foram de 152 milhares de contos. Tendo a produção nesse ano sido de 355 GWh, o encargo unitário é de $428. O custo total de produção é, portanto, su> perior a 14$/kWh.

7 — O custo total do investimento na central do Carregado reavaliado e actualizado à data de entrada em serviço é de 50 094 milhares de contos.

A produção actualizada à data de entrada em serviço é de 16 016 GWh, pelo que o encargo por kilowatt-hora devido ao investimento é portanto de 3$128.

Os encargos de condução e conservação em 1985 foram de 884 milhares de contos para uma produção

de 2262 GWh, o que dá um custo unitário de $391. Em 1986 prevê-se que este custo seja da ordem dos $440.

Por kilowatt-hora emitido a central do Carregado consome 245 g de fuelóleo. Sendo o custo para a EDP tanto em 31 de Dezembro de 1985 como em 31 de Março de 1986 de 20 contos/t, a que acrescem 445$/t para colocação na central, o custo de produção devido ao combustível é de 5$009.

A soma dos custos é, portanto, de 8$528/kWh.

8 — Sendo o fuelóleo para a produção de electricidade subsidiado, o custo real para o País do combustível colocado na central seria em Dezembro de 1985 de 32 557$/t e em Março de 1986 de 25 640$/1, a que corresponderiam encargos unitários de 7$976 e 6$282, respectivamente.

A soma dos custos seria neste ano de 11 $495 e 9$851.

9 — O custo total do investimento no primeiro grupo da central de Sines reavaliado e actualizado à data de entrada em serviço é de 57 220 milhares de contos.

A produção total prevista para este grupo, actualizada à data de entrada em serviço é de 16 550 GWh, pelo que o encargo por kilowatt-hora devido ao investimento é, portanto, de 3$468. Os encargos de condução e conservação em 1985 foram de 230 milhares de contos, o que, para uma produção anual de 856 GWh, dá um custo unitário de $268.

O custo médio do carvão em 1985 foi de 13 076$/t colocado na central. Sendo necessárias 376 g de carvão para emitir um kilowatt-hora, os encargos com combustível são de 4$917.

Em 1986 prevê-se que o custo médio do carvão colocado na central seja de 10 700$/t, pelo que os encargos com combustível são de 4$023. A soma dos custos é, portanto, de 8$653 e 7$759, respectivamente.

SECRETARIA DE ESTADO DA JUVENTUDE

GABINETE DO SECRETARIO DE ESTADO

Ex.mo Sr. Chefe do Gabinete de S. Ex.a o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares:

Assunto: Resposta ao requerimento n.° 1471/IV (l.a), do deputado José Cesário (PSD), pedindo informações sobre a possível criação de uma pousada da juventude, na zona de Viseu.

Relativamente ao assunto em epígrafe, encarrega-me S. Ex." o Secretário de Estado da Juventude de informar V. Ex." que está em estudo a instalação de uma pousada da juventude, em Viseu, a situar-se, se tal for a melhor solução, na Casa de Reclusos, ex--Paço Episcopal.

Estando estas instalações, actualmente, ocupadas por algumas famílias regressadas das ex-colónias, foi solicitado à Câmara Municipal de Viseu o estudo do possível alojamento destas famílias e contactados os ministérios envolvidos para eventual restauração e cedência do referido imóvel.