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2208

II SÉRIE — NÚMERO 53

Alentejano, já aprovado. O grupo de empresas CAIA, PROGAL e HORTIL encontra-se incluído no conjunto de unidades cuja necessidade de reconversão/saneamento está já caracterizada.

1.3 — Dados disponíveis. — Tal como referido em 1.1, encontra-se disponível um relatório da Inspecção--Geral de Finanças sobre aquele grupo de empresas cujas conclusões são as seguintes:

[...] o estudo da situação económica e financeira das empresas do grupo CAIA, CAIA — Companhia Alentejana de Indústrias Alimentares, L.da, PROGAL — Empreendimentos Agro--Alimentares, L.da, e HORTIL — Indústrias Hortícolas, L.da, foi efectuado para efeitos do artigo 2.° da Lei n.° 17/86, de 14 de Junho.

Por limitações de ordem temporal, não foi possível certificar as contas em que se baseou a análise.

As empresas têm sede na Herdade da Godinha, a cerca de 10 km da vila de Campo Maior, e dedicam-se às actividades de: fabricação de concentrados de tomate, fabricação e conserva de carnes (salsicharia), fabricação de refeições congeladas e serralharia civil.

A relevância do grupo CAIA, no sector, é pouco significativa.

Empregava em 1983 cerca de 220 trabalhadores permanentes e, em 1982, últimos elementos existentes na Herdade da Godinha, ocupava 673 trabalhadores agrícolas da região de Campo Maior, cuja população ronda os 12 000 habitantes.

A região é bastante agrícola. O Complexo Agro--Industrial do Caia é o único que transforma os produtos agrícolas da região, nomeadamente tomate, pimentão, melão e azeitona, e abate de gado (porcos), pelo que o seu encerramento tem tido reflexos sócio-económicos bastante negativos.

O Complexo Agro-Industrial nasceu em 1966 e por etapas sucessivas, em 1973, 1976 e 1978, ampliou-se e diversificou as actividades desenvolvidas até Outubro de 1984.

Em Setembro de 1984, as quotas das empresas do grupo CAIA foram vendidas, pelo valor total de 7000$, pelas firmas do grupo EMINCO, aos Srs. Mário José Rodrigues de Carvalho e Humberto Augusto Lopes, ambos residentes na Urbanização da Portela, lote 91, 7.°, direito, Sacavém, Loures. O valor das cedências é irrisório se atentarmos a que as empresas apresentavam em 31 de Dezembro de 1983 as seguintes situações líquidas positivas:

r Contos

CAIA — Companhia Alentejana de

Indústrias Alimentares, L.da ... 96 891

PROGAL — Empreendimentos Agro-Alimentares, L.da....... 24 027

HORTIL — Indústrias Hortícolas,

L.da......................... 14 905

De salientar, relativamente à conclusão anterior, que a EMINCO cedeu à CAIA, em 21 de Setembro de 1984, uma quota própria da CAIA, de valor nominal 49 400 contos, por 241 428 contos, com o objectivo aparente de regularizar o saldo devedor da sua conta corrente no montante de 263 276 contos, na escrita da CAIA, o qual foi apurado no seguimento de várias operações de cessão de quotas e de créditos.

Em Outubro de 1984, as empresas do grupo CAIA paralisaram as suas actividades por abandono e por falta de meios dos novos proprietários. A partir desta data, os trabalhadores deixaram de receber qualquer remuneração. Os montantes em dívida, conforme informação do Ministério do Trabalho, incluindo os juros de mora estimados, são os seguintes:

HORTIL................. 3 046 449S50

PROGAL ................ 18 882 909S00

Da análise económica feita verifica-se que as três empresas apresentaram prejuízos no triénio de 1981 a 1983, sendo, contudo, os apresentados pela CAIA os mais significativos:

1981 ........................... 18 335

1982........................... 34 997

1983 ........................... 187 294

Esta empresa teve uma quebra nas vendas muito acentuada de 1980 para 1982, tendo recuperado ligeiramente em 1983.

O peso do «Custo das vendas» em relação às «Vendas» apresenta uma evolução muito irregular e a margem bruta das vendas foi mesmo negativa em 1983, o que poderá significar vendas de produtos abaixo do seu custo.

A situação financeira da CAIA e da PROGAL revela dificuldades de tesouraria, com o fundo de maneio sempre negativo de 1981 a 1983.

Também a solvabilidade se apresenta baixa, tendo, no entanto, ambas as empresas situações líquidas sempre positivas.

Acrescente-se ainda que na CAIA se verificam elevados aumentos de capital, de 20 000 contos em 1981 e 102 000 contos em 1983. Em 1982 foi efectuado um desinvestimento de cerca de 118 878 contos, devidos à venda de diversas herdades, sendo, contudo, de estranhar que, numa época de elevada inflação, estas tenham sido vendidas por preços semelhantes aos praticados nos anos de aquisição (1977 a 1982) e por vezes até inferiores (herdade adquirida em 1982 por 26 175 contos e vendida, no mesmo ano, por 19 463 contos).

Estas diversas origens de fundos permitiram amortizações das dívidas da CAIA à banca.

Afigura-se que a rentabilidade da exploração do Complexo Agro-Industrial poderá melhorar se for feito o aproveitamento integral da capacidade produtiva das empresas e melhorar a sua estrutura financeira.

2 — TECNOFABRIL:

2.1 — Informações sobre esta matéria. — Trata-se de uma empresa com as seguintes características:

Localização: sede: Avenida de Barbosa du Bocage,

100, 1.°, esquerdo, Lisboa; Instalações fabris:

Fábrica n.° 1, Rua Dois, Casal do Miranda, Estrada da Paia, 2675 Odivelas;

Fábrica n.° 2 (desactivada), Rua de António José de Almeida, 16, 7430 Crato;

Actividade: metalomecânica, designadamente equipamentos para aeroportos e construções metálicas;