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II SÉRIE — NÚMERO 53

2 — Recursos nacionais e regionais

Os recursos nacionais de urânio podem ser quantificados pelos seguintes valores globais:

Recursos razoavelmente assegurados a preços inferiores a US$ 80/kg de urânio (RRA I): 8700 t de urânio;

Recursos razoavelmente assegurados a preços compreendidos entre US$ 80/kg e US$ 130/kg de urânio (RRA II): 1500 t de urânio;

Recursos adicionais estimados a preços inferiores a US$ 80/kg de urânio (RAE): 1000 t de urânio.

A nível mundial, em 1983, os nossos RRA I (ou reservas) representam 0,46% do total dos recursos equivalentes existentes nos países não comunistas. Simultaneamente a nossa produção representava apenas 0,28%. As nossas reservas representam ainda 0,94% do total da OCDE, e a nossa produção 0,47%. No que se refere à Comunidade Económica Europeia, as nossas reservas representam 8,11 % do total e a nossa produção 2,86%.

Da análise destes dados estatísticos podemos concluir:

Os recursos nacionais são insignificantes a nível mundial, não tendo qualquer interferência possível no mercado;

No entanto, a nível europeu, e especialmente da CEE, já a nossa contribuição é mais significativa;

É patente que o País produz a um ritmo inferior relativamente ao potencial disponível.

No distrito mineiro do Alto Alentejo localizam-se grande parte destas reservas:

RRA I num total de 3200 t de urânio; RRA II num total de 1000 t de urânio; RAE num total de 500 t de urânio.

As reservas geológicas do Alto Alentejo encontram--se distribuídas por 32 jazigos dos quais apenas oito apresentam reservas superiores a 75 t de U 308. Apenas estes últimos apresentam, no imediato, interesse económico, razão pela qual foram considerados no estudo de viabilidade.

3 — Comparação e selecção de alternativas

Foram consideradas três altenativas tecnológicas no tratamento de minérios e, para cada alternativa, foram detalhadamente estudadas três hipóteses possíveis de capacidade de tratamento, num total de nove vias alternativas. A comparação técnico-económica destas possibilidades permitiu seleccionar o diagrama de tratamento e a capacidade óptima.

4 — Descrição do empreendimento 4.1 — Exploração mineira

Os jazigos conhecidos do Alto Alentejo apresentam características de superficialidade que apontam a conveniência da sua exploração a céu aberto. Tal não invalida que uma fracção diminuta — ao menos no estágio actual de conhecimento — possa vir a ser explorada em subterrâneo.

Os minérios explorados serão submetidos a dois tipos de tratamento hidrometalúrgico distintos, consoante o seu teor: os minérios mais nobres (minério rico) serão submetidos a lixiviação dinâmica na oficina de tratamento, enquanto os minérios pobres serão submetidos a lixiviação estática em eiras. Um modelo matemático--económico permitiu determinar o teor de separação entre os dois tipos de tratamento.

O ritmo de extracção foi determinado pelo nível de produção nominal fixado para a oficina de tratamento, que, de acordo com os estudos prévios, foi fixada em 750 t de minério rico por dia. Nestas condições, foi admitido um ritmo médio de produção de 250 000 t de minério rico/ano, em base húmida, implicando uma vida do projecto de catorze anos. No entanto, dadas as potencialidades uraníferas da região, espera vir-se a duplicar este período temporal com novas descobertas.

TABELA I Exploração mineira

Valores globais

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4.2 — Tratamento de minérios

Como referido, os minérios ricos serão tratados numa oficina hidrometalúrgica, com uma capacidade de 750 t de minério/dia. Os minérios pobres serão tratados em eiras, por lixiviação estática, com idêntica capacidade diária de tratamento.

A tecnologia adoptada foi a dissolução por lixiviação ácida, separação sólido-líquido, purificação por extracção por solventes, precipitação, secagem e acabamento. Os licores provenientes da lixiviação estática serão pré-concentrados por permuta iónica, e depois integrados no circuito da oficina clássica.

4.3 — Utilidades

O consumo previsível de água é de 600 mVdia, tendo, no entanto, as instalações de captação sido projectadas para 1000 mVdia. O abastecimento será feito a partir de uma barragem de betão, localizada na Ribeira de Figueiró, tendo a adutora um comprimento total de 1335 m.

A alimentação de energia eléctrica ao complexo mineiro será feita por uma linha aérea com 6 km de comprimento e 30 kV, linha esta que ligará uma subestação da EDP, de 60/30 kV, ao posto de transformação do complexo, de 30/0,4 kV. A distribuição de energia eléctrica aos diferentes sectores será fejla era baixa

tensão, em corrente alterna trifásica.